A discriminação positiva
As provas dos vestibulares são iguais para todos! Parece haver justiça nesta afirmação e consequentemente nesse processo, onde os mais preparados, com maior mérito, seriam os aprovados.
No entanto, as universidades públicas, e de melhor qualidade, são freqüentadas predominantemente por jovens que estudaram em escolas particulares e até o momento do vestibular não precisaram trabalhar.
Já os estudantes provenientes da escola pública, que dividem o seu tempo com os estudos e o trabalho, quando conseguem estudar em uma faculdade tem quase que exclusivamente a opção pelas faculdades particulares.
Um grande desafio
Há quase um consenso entre os intelectuais que o sistema educacional brasileiro merece ser tratado como o problema número 1 do país, pois somente uma boa educação pode pavimentar nosso caminho para o desenvolvimento.
Uma das principais bandeiras de luta do movimento sindical cutista é a de uma educação pública de qualidade, crítica e transformadora, acessível a todos, independente de condição econômica, raça e credo.
O governo Lula tem desenvolvido importantes ações para democratizar o sistema de ensino, como a criação do Fundeb, que aumenta as verbas para a educação básica, e o ProUni, que democratiza o acesso à universidade.
Entre essas ações destacamos a adoção de cotas, a chamada discriminação positiva, que trata de maneira diferente os diferentes, para que assim seja possível uma maior igualdade.
A adoção das cotas e, mais recentemente, a aprovação de reservas de vagas para os alunos provenientes das escolas públicas, mesmo sendo uma iniciativa onde não há consenso, pode ser um importante passo no caminho pela democratização.
Departamento de Formação