A escassez da água

As mais bonitas imagens, as que são agradáveis aos nossos olhos, à imaginação, as que são um convite ao relaxamento, sempre têm a água presente: as ondas do mar, as cachoeiras, um riacho cristalino, os lagos espelhados, a chuva caindo sobre as plantas, o orvalho… É impossível imaginar um tipo de vida em sociedade que dispense o uso da água: água para beber e cozinhar; para a higiene pessoal e do lugar em que vivemos; para uso indus-trial; para irrigação das plantações; para geração de energia e para a navegação.

Porém, apesar de toda sua importância, a humanidade em geral ainda não atentou para o fato de que este líquido é limitado. Especialistas no assunto advertem que neste século em vez de conflitos por causa do petróleo ou política, o mundo deverá se debater pela escassez da água.

E a ameaça de escassez de água é cada vez mais iminente. O mau uso e a demanda sempre crescente estão reduzindo o volume dos rios e lençóis subterrâneos em todos os continentes. No Brasil o desperdício de água é muito grande. Segundo matéria da Revista Exame (setembro/2001), cerca de 70% da água gasta no país é consumida na agricultura, embora apenas 5% das lavouras sejam irrigadas. Nada menos que 55% dos agricultores usam métodos arcaicos que perdem mais da metade de água usada.

Em segundo lugar vêm as concessionárias públicas, que consomem 29% dos recursos hídricos do país e perdem, em média, 40% da água tratada por canos furados e defeitos em redes antigas. Existe ainda o desperdício cometido no dia-a-dia. Por exemplo, uma torneira mal fechada, pingando, gasta 46 litros de água por dia, quantidade suficiente para matar a sede de uma pessoa por 20 dias.

É preciso conscientizar a população para a importância de se usar bem a água, sem desperdícios. E um caminho importante para isso é a educação, para a formação de uma consciência ecológica e para a vida em harmonia com a natureza. Somente através desta conscientização é que conquistaremos um futuro com água potável e com saúde para toda a humanidade.