À espera de negociação, ativistas voltam à rua contra aumento da tarifa em São Paulo

Nesta quinta-feira (3), manifestantes vão para as ruas, pela oitava semana consecutiva, protestar contra o aumento da passagem de ônibus da capital paulista. A passagem subiu de R$ 2,70 para R$ 3 em 5 de janeiro, uma variação de 11,11%. A concentração será na praça do Ciclista, esquina da avenida Paulista com a rua da Consolação, às 17h. Provavelmente a passeata se direcionará a sede da prefeitura.

A Secretaria de Transportes marcou uma reunião de “esclarecimento dos custos dos sistema de transporte público” para esta sexta-feira (4). O órgão afirmou, por meio de um comunicado no site da prefeitura, que tem mantido diálogo com a sociedade sobre o assunto. Essa reunião vem responder à solicitação do Comitê de Luta Contra o Aumento da Passagem e do deputado Ivan Valente (PSOL-SP) de um espaço para discutir a redução da tarifa com representantes do poder público.

Para João Victor Pavesi de Oliveira, membro do DCE Livre da USP e um dos representantes do Movimento Passe Livre (MPL), a reunião é insuficiente e não atende às reivindicações. “Queremos negociar com quem pode revogar o aumento, que é o prefeito Gilberto Kassab.”

Na última quinta-feira (24) a manifestação teve mais policiamento do que nas semanas anteriores, mas nenhum incidente foi registrado. Cerca de 5 mil pessoas andaram pelo centro da cidade protestando pelo reajuste e também contra a repressão policial da semana anterior.

Nova promessa
Não é primeira reunião entre a secretaria e os ativistas. No dia 17, nenhum representante da secretaria compareceu ao encontro marcado depois de audiência pública que discutiu o assunto na Câmara municipal. Vereadores e representantes do movimento foram até a secretaria e se reuniram com o secretário-adjunto de Transportes, Pedro Luiz de Brito Machado, que afirmou que o reajuste do ônibus foi uma decisão política, não técnica.

Seis manifestantes se acorrentaram em catracas na entrada da prefeitura e o prédio ficou cercado durante a tarde. No começo da noite as grades de isolamento caíram, segundo a Polícia Militar, por ação dos manifestantes – que alegam que o fato foi acidental – e a violência se iniciou.

Da Rede Brasil Atual