A história do 1º de Maio

Trabalhar menos, viver mais

Das festas na antiguidade para comemorar a  fartura das lavouras e a renovação da natureza, à luta contra a escravidão e dos operários por melhores condições de vida. A história mostra que o dia 1º de Maio carrega os sentidos da transformação social, da revolução e da luta dos trabalhadores por liberdade.

A luta pela redução da jornada de trabalho é o ponto de partida para a origem do 1º de Maio, Dia dos Trabalhadores. Em 1886  começa uma greve de nos Estados Unidos. A reivindicação era a jornada de trabalho diária de oito horas.

Naquele tempo eram comuns as jornadas de trabalho superarem as 16 horas diárias em várias partes do mundo. Não haviam regulamentos nas relações de trabalho no início da era industrial. Crianças trabalhavam nas fábricas a partir dos sete anos. Os acidentes de trabalho eram punidos com a demissão do acidentado. Não havia regras salariais.

Os operários norte-americanos recuperaram uma palavra de ordem surgida na França: Oito horas de trabalho! Oito horas de descanso! Oito horas de lazer e educação!.

Para o governo e os patrões a reivindicação era absurda. Eles diziam que se a jornada de trabalho fosse menor a economia afundaria. Por isto, as lideranças dos trabalhadores eram presas e perseguidas.

No dia 1º de Maio de 1886, trabalhadores de várias fábricas de Chicago, principal centro industrial americano da época, abandonam seus postos de trabalho, juntam-se aos seus familiares e fazem uma manifestação pacífica numa praça da cidade.

O ato é violentamente reprimido pela polícia. Seis pessoas morreram, dezenas ficam feridas e centenas são presas.

No dia 4 de maio de 1886, outra manifestação em praça pública pela redução da jornada é massacrada pela ação policial. Uma bomba explode no meio da multidão e 80 trabalhadores e 10 policiais morrem, centenas ficam feridos e oito sindicalistas são presos e condenados à forca um mês depois.

Em 1889, trabalhadores reúnem-se em congresso, em Paris, e aprovam o 1º de Maio como o um dia em que os trabalhadores devem organizar grandes manifestações em seus países reivindicando a redução da jornada de trabalho.

Maio, o mês da paixão revolucionária

O 1º de Maio nasceu de uma decisão política, com a intenção de dar unidade política à classe trabalhadora através de manifestações públicas.

Maio foi escolhido por já estar presente na memória das pessoas. Nos Estados Unidos já era um mês tradicional de mobilização dos trabalhadores. Os camponeses europeus comemoravam em maio o mês da renovação da natureza, como símbolo da primavera.

Desde o início, o 1º de Maio absorveu símbolos e rituais da cultura popular. Foi associado a um tempo de renovação, bastante adequado ao movimento operário.

O sentido que os trabalhadores deram ao 1º de Maio foi de um dia mundial de afirmação das lutas contra a super exploração da mão de obra.

A data nasceu sob o signo da paixão revolucionária. Se ele representava o símbolo da paz e da  frate