A homenagem no samba
A Tom Maior, uma das escolas de samba de São Paulo, com do samba Com licença, eu vou à luta homenageou a classe trabalhadora e criticou o capitalismo.
O enredo fala do regime de escravidão a que os trabalhadores são submetidos, devorados pelas máquinas na era industrial e que lutam para conquistar seus direitos.
Apesar da história testemunhar grandes conquistas dos trabalhadores, ainda há muito por avançar. Em termos de saúde e segurança no trabalho, nem se fale.
Segundo dados da Revista Observatório Social (outubro/2006), quase 500 mil pessoas morrem a cada ano no Brasil devido aos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. No mundo o número chega a cinco mil mortes por dia.
Além disto, em pleno século 21, humilhação e tortura ainda fazem parte do dia-a-dia de muitos trabalhadores brasileiros.
Para se ter um exemplo: uma operária da região Sul do País foi acorrentada a uma máquina têxtil e só foi libertada depois de cumprir sua meta de produção, assim como as outras que apresentaram baixa produtividade.
Os trabalhadores hoje em dia são obrigados a alcançar novos patamares de produção usando, em muitos casos, as mesmas máquinas do passado. E a pressão por mais competitividade e produtividade faz surgir novas formas de adoecer e morrer.
A luta por melhores condições de saúde e segurança está inserida na campanha da Organização Internacional do Trabalho (OIT) pelo trabalho decente, isto é, um trabalho adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, igualdade e segurança, capaz de garantir uma vida digna ao trabalhador.
Todo esforço nesta direção representa a construção de uma sociedade saudável e segura. É como diz um refrão do samba enredo da Tom Maior: Acorda Brasil… A nossa gente vale ouro. O Trabalho é nosso tesouro. Orgulho dessa Pátria Mãe Gentil.
Subseções Dieese do Sindicato e CUT Nacional