A hora é de inverter a crise
“Vamos combater a crise invertendo o processo que levou a esta crise. Isso só é possível com o aumento do poder de compra dos trabalhadores, como mostraremos aos patrões nesta Campanha Salarial”. O comentário é do presidente da Federação Estadual dos Metalúrgi-cos (FEM) da CUT, Adi dos Santos Lima, ao analisar ontem os dados desfavoráveis aos trabalhadores publicados na imprensa.
Julho passado, por exemplo, registrou a sétima queda seguida da renda. A redução acumulada nos últimos 12 meses foi de 16,4% segundo o IBGE, órgão do governo que fez a pesquisa. Para completar o quadro, o Dieese mostrou que 54% dos 149 acordos firmados este ano tiveram reajustes abaixo da inflação. Isto é, mais de metade das categorias não conseguiu recuperar as perdas para a inflação.
Adi explicou que esta crise começou com a queda no poder aquisitivo dos trabalhadores que, sem dinheiro, deixaram de comprar. A queda das vendas levou o comércio a comprar menos das indústrias, o que fez sobrar produtos.
Aí os trabalhadores pagaram novamente o pato e começaram a ser demitidos. “É esta lógica que vamos combater”, frisou o presidente da FEM.