A hora é essa!

Dentro das novas perspectivas das reformas sindical, trabalhista e da Previdência, novos desafios se apresentam aos trabalhadores e ao movimento sindical. Pelo menos três deles irão alterar radicalmente nosso cotidiano e colocar em cheque velhas práticas e costumes.

Quantos metalúrgicos com mais de 50 anos estão nas fábricas?

Quem começava a trabalhar por volta dos 18 anos, após 25 anos de serviço pegava sua SB40 e se aposentava aos 43 anos.

Esqueça isso. Com exigência de 35 anos de contribuição, dificuldade de recolocação em caso de perda do emprego após os 40 anos e limite de idade, poucas pessoas se aposentarão antes dos 60. Aposentadoria especial já é coisa do passado para uma ampla maioria.

Reforma trabalhista desonerando a produção

No mundo todo as tendências indicam a diminuição da proteção legal aos trabalhadores, adotando-se legislação mais enxuta e privilegiando os acordos coletivos de trabalho. Existem grandes possibilidades de termos num futuro próximo o seguro privado para acidentes e doenças profissionais e, com isso, maior dificuldade em manter as atuais garantias aos acidentados e doentes.

Reforma sindical, a mudança de um modelo

Liberdade e autonomia sindical e acordos coletivos nacionais serão o parâmetro legal para as relações e pendengas entre capital e trabalho. Qual sindicato ou central está hoje aparelhado para discutir e contratar condições de trabalho, saúde e segurança para pessoas que terão de envelhecer produzindo como jovens?

O grande lance será, desde agora, transformar dificuldades em oportunidades e, assim, garantir um trabalho mais humanizado e uma vida melhor.

Comissão de Saúde, Condições de Trabalho e Meio Ambiente