A mentira tucana do corte de impostos
O choque de gestão dos tucanos é um choque no povo. Às escondidas, eles aumentaram impostos e taxas bem acima da inflação. Ou seja, ao invés de cortar imposto, o governo do PSDB/PFL enfiou ainda mais a mão no seu bolso.
• Privatização corrige tarifas pelo dólar e o ICMS aumenta além da inflação nas contas de luz e de telefone.
• O IPVA de São Paulo é um dos mais altos do Brasil; licenciamento subiu 283% e o pedágio 210%.
• Governo paulista não cobra sonegadores e São Paulo perde R$ 1 bilhão.
• O ISS saltou de 100 para 200 itens.
• O PSDB/PFL ainda nos deve 39% da correção na tabela do Imposto de Renda.
Cortar impostos é tirar dinheiro de seu bolso
O economista e coordenador da Subseção Dieese do nosso Sindicato, Osvaldo Rodrigues Cavignato, o Osvaldinho, estudou os dados sobre a arrecadação de impostos no Estado de São Paulo nos últimos anos. Ao terminar o trabalho, ele é enfático em afirmar que é mentirosa a proposta dos tucanos de cortar impostos.
“Se Alckmin cortou impostos é porque deixou de aplicar dinheiro em algum lugar e tirou dinheiro de outro”, afirma Osvaldinho. “O licenciamento de carros aumentou 283%, a tarifa de pedágio cresceu 210% e os paulistas perderam em investimentos na saúde e na educação”, explica o economista.
Ele lembra ainda que o governo tucano é o maior responsável pelo tamanho da mordida do Imposto de Renda. Nesta entrevista, Osvaldinho derruba a mentira da redução de impostos que Alckmin afirma que vai fazer.
Redução das verbas sociais paga diminuição do ICMS
O ex-governador se orgulha de dizer que diminuiu o ICMS de alguns produtos. Só não fala que para compensar as diferenças de arrecadação tirou verbas dos municípios, sucateou a saúde e acabou com a educação. A redução provocou uma queda na arrecadação de R$ 4 bilhões. Com isso houve uma diminuição de R$ 1 bilhão para os municípios paulistas; uma queda de repasses para a educação de R$ 900 milhões; para a saúde, algo em torno de R$ 360 milhões, para as universidades R$ 287 milhões e para o setor da habitação uma queda de R$ 40 milhões.
Malandragem com o maior de todos os impostos
O maior imposto do País pertence aos estados, não ao governo federal. É o ICMS. No ano passado, comeu 8% do PIB para render R$ 155 bilhões aos 27 governadores. São Paulo sozinho levou cerca de R$ 46 bilhões. O ICMS é cobrado sobre quase tudo que consumimos. Mas, por uma maladragem fiscal, ele é cobrado sobre o valor de toda uma nota fiscal e não sobre o valor do produto. Veja que na conta de luz, por exemplo, o ICMS é de 25%. Aplique os 25% sobre o consumo e verá que o valor pago do imposto deveria ser menor. Ou seja, cobrado em cima do valor total da conta, o ICMS chega a 36%. É imposto sobre imposto. É assim que os tucanos vão cortar impostos?
Privataria e mais ICMS
As privatizações estimularam a arrecadação de ICMS. Com FHC, os contratos de privatização de empresas de telefonia e transmissão de energia tiveram índices de reajuste atrelados ao dólar e empurraram as tarifas acima da inflação. E as contas de luz e telefone são as maiores fontes de ICMS, junto com a gasolina. Os três setores representam 40% da arrecadação do imposto.
Alívio para os devedores