A micose que veio do pet

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Esporotricose é o nome da doença causada por um fungo, Sporothrix spp, descoberto em 1898 e cuja variante (Sporothrix brasiliensis) é a mais virulenta de todas.

No seu descobrimento, era muito associada a lesões de pele decorrentes de trabalhos em jardins, colheita de milho, doença da roseira. Isto porque o fungo vive, essencialmente, no solo.

No entanto, no Brasil, da doença causada por um fungo, Sporothrix spp, descoberto em 1898 e cuja variante (Sporothrix brasiliensis) é a mais virulenta de todas.

No seu descobrimento, era muito associada a lesões de pele decorrentes de trabalhos em jardins, colheita de milho, doença da roseira. Isto porque o fungo vive, essencialmente, no solo.

No entanto, no Brasil, teve uma evolução diferente. A variante evoluiu da forma que cresce no solo (a 25°C) para a que cresce em animais (a 37°C) e acabou por achar no gato seu principal hospedeiro, tamanha a facilidade de, com pequenas lesões na pele, fazer a infecção.

Esta infecção por fungo, no Brasil, geralmente se apresenta com feridas na pele, com pus, que se espalham pela pele ao redor e, depois, pelo sistema linfático.

Estas feridas se parecem com as de várias outras doenças, mas com exame de cultura, em cinco dias fecha-se o diagnóstico.

 E o tratamento é barato e simples. A última epidemia (1998-01: 180 casos / 2015- 6, 12.000 casos) foi em zona urbana e não, não houve aumento de vasos dentro de apartamentos. Os gatos contraíam a doença na rua de outros gatos e acabavam por transmitir aos humanos com mordidas ou patadas. Como essas feridas são pústulas, evidentes, mal-cheirosas, nas patas ou no rosto dos animais, as pessoas sacrificavam ou se livravam deles, ao invés de tratá-los.

Isso fazia a doença permanecer na comunidade. A esporotricose tem diagnóstico trabalhoso, mas tratamento fácil. Desde que você e seu gato sejam tratados.

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Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente