A nova velha dengue
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Dengue está nos noticiários novamente. Nenhuma novidade, é época de reprodução do Anopheles, o mosquito que a transmite.
E está ocorrendo um surto no Distrito Federal. Segundo o Ministério da Saúde, houve 40 mortes em 2024 e quase 365 mil casos prováveis. São Paulo teve três mortes e o Rio de Janeiro, uma. Em São Bernardo são 81 casos, 16 pegos aqui e 65 importados (nem sempre importado é bom).
É também um fenômeno mundial. Em 2023, houve 500 milhões de casos e mais de 5 mil mortes em cerca de 80 países, exceto a Europa (Agência Brasil).
O que há de novidade é a primeira vacina, desenvolvida no Japão e que foi acelerada neste governo para sua compra. Só que a capacidade de entrega de vacinas é baixa, então serão priorizadas as doses. Além disso, o esquema vacinal para dengue é de duas doses, com intervalo de 3 meses entre estas. Não há alternativas.
O problema da dengue é antigo e o mesmo da zika vírus, chikungunya e febre amarela urbana: os mosquitos. Calor, chuva, poça, os mosquitos estão no seu carnaval. E botando 450 ovos por dia, fica fácil de se perpetuar, não precisando ir pra Ilhabela pra conhecer a quarta-feira de cinzas dos insetos.
A vacina chegou, em pouco tempo teremos para todos (estamos começando a produzir – Butantan). Enquanto isso, acabe com as poças d’água onde puder, atrapalhe a vida do mosquito e vá pular o seu carnaval.
Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente