A promoção da igualdade
O Governo Federal
quer discutir com empresários
a incorporação dos
direitos humanos na agenda
da iniciativa privada.
A tarefa não é nada fácil
uma vez que a agenda
central das empresas está
focada na obtenção do lucro
e a questão dos direitos
humanos recebe outro
nome na pauta corporativa:
responsabilidade social
(que tem muito mais a
ver com marketing empresarial
do que com direitos
humanos).
O grande desafio nesta
discussão é fazer com que
as empresas olhem para o
próprio umbigo e vejam como
estão lidando com algumas
questões: quantas mulheres
são chefes, quantos
funcionários são negros ou
ainda se não seria viável
um programa para contratação
de pessoas com deficiência.
Sem avanço – De acordo com levantamento
bianual realizado
pelo Instituto Ethos em parceria
com outras Instituições,
a promoção da igualdade
dentro das empresas
evoluiu muito pouco nestes
últimos anos. Por exemplo,
no ano passado 1,9% do
total de funcionários tinham
algum tipo de deficiência,
em 2005, o índice
era de 2% e, em 2003, de
3,5%. Isto quer dizer que
mesmo com a expansão
do mercado de trabalho
o número de vagas para
pessoas com deficiências
não aumentou.
Compromisso –
Nesta última terça-feira
houve um evento
em São Paulo que, além
de comemorar os 60 anos
da declaração dos direitos
humanos, reuniu mais de
60 presidentes de grandes
companhias.
Com o objetivo de fazer
com que a discussão
sobre mecanismos
de promoção social seja
transformada em medidas
concretas, o encontro
terminou com empresários
assumindo compromissos
para melhorar os
indicadores sociais que
estão bem negativos dentro
das empresas. Agora,
é torcer para que as medidas
sejam implementadas,
afinal de contas,
todos só temos a ganhar
com isso.
Subseção Dieese