A reposição é sagrada
O presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM), Adi dos Santos Lima, reiterou que a reposição da inflação aos salários é sagrada. Essa foi sua resposta para a argumentação dos patrões que já aventaram a possibilidade da não correção dos salários diante a atual conjuntura econômica.
“Não ter a reposição é concordar em rebaixar salário. Isso é prejudicial para toda a economia”, disse o presidente da FEM na última sexta-feira, durante entrega da pauta de reivindicações a Fiesp.
Ao contrário do que sugerem os empresários, a FEM pediu ousadia e criatividade nas negociações. “Nossa agenda tem de ser positiva. A campanha deve ter como meta a retomada do desenvolvimento, com geração de emprego”, afirmou Adi.
Com a entrega da pauta aos cinco grupos patronais, oficialmente os metalúrgicos da CUT no Estado de São Paulo começaram a campanha salarial.
As principais reivindicações são ampliação do nível de emprego e redução da jornada, reposição integral da inflação sobre os salários e ampliação dos direitos sociais. A campanha foi antecipada porque os metalúrgicos querem a mudança da data-base de 1º de novembro para 1º de setembro. Ainda não foi definido o calendário de negociações com os grupos.