A responsabilidade social

Há alguns anos o tema responsabilidade social tem mobilizado
o meio acadêmico e empresarial no Brasil e no mundo. Em geral
este assunto sempre entra em pauta nos momentos de crises
econômicas e sociais. Nos últimos tempos a
discussão tem aumentado em função da
globalização, fenômeno que afeta e
influencia os interesses dos trabalhadores e da vida humana em geral. O
problema é que nem sempre empresas tidas como socialmente
responsáveis cumprem com seu papel

A revista Observatório Social, de maio de 2006, trouxe uma
reportagem que pode ser usada como exemplo. A C&A, uma das
lojas que mais vendem roupas no País, utiliza
mão-de-obra clandestina na confecção
de suas peças. O processo funciona assim: a C&A
contrata malharias legalmente instaladas em São Paulo. Estas
malharias, por sua vez, repassam o trabalho para oficinas clandestinas.
Com isso, as roupas vendidas pela C&A entram num
círculo vicioso de trabalho precário e
ilegalidade.

Acompanhamento – Empresas multinacionais promovem
contratos que contêm cláusulas de
proteção e de adesão a compromissos
sociais, mas não acompanham ou fiscalizam seus fornecedores,
fechando os olhos para grandes problemas sociais. Esquecem que uma
empresa privada é um ator decisivo da economia cujas
condutas afetam a todos.

De uma empresa socialmente responsável espera-se condutas
responsáveis com seus trabalhadores, consumidores, meio
ambiente e envolvimento com a comunidade, para justificar o seu papel
diante da sociedade.

O momento pelo qual passa a região do ABC, com a
ameaça de fechamento da planta Volkswagen Anchieta,
é um outro exemplo que podemos utilizar para demonstrar o
desrespeito à proposta de responsabilidade social perseguido
pelas empresas.

Subseções Dieese do Sindicato e da CUT
Nacional