A saúde nossa nas mãos de fantoches
Ao bater novo recorde com 2.798 mortes pela Covid-19 na terça-feira, 16, devendo atingir, rapidamente, a casa dos 3.000 óbitos/dia, o Brasil ultrapassa um total de vítimas de 282 mil e mais de 11,6 milhões de infectados.
Recorde também na média móvel de mortes no país nos últimos sete dias, que chegou a 1.976, e com indicação de alta nos óbitos causados pela doença em 22 estados e no Distrito Federal.
Em São Paulo, os hospitais da rede privada encontram-se lotados e, com 90% de ocupação dos leitos de UTI, solicitam à prefeitura da capital a utilização de leitos públicos para seus pacientes.
Enquanto isso, o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, apesar de elogiar cientistas, disse que vai executar a política de saúde definida por Bolsonaro e que vai avaliar a possibilidade de utilização da cloroquina, sem comprovação científica, além de descartar o lockdown, ainda que necessário.
O espetáculo de horrores segue sendo o mesmo. Um médico cardiologista que assume o Ministério da Saúde e diz que vai fazer o que o presidente negacionista, adepto da necropolítica, manda, sem respeitar o que dizem os cientistas que elogiou, é sinal de mau presságio.
Só mudaram os fantoches.
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Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente