A sustentabilidade ambiental na construção civil
A construção civil vive
um grande momento, principalmente no Grande ABC. Desde 2005, a região mantém um ritmo de crescimento
imobiliário que, entre 2007 e 2008, atingiu seu ápice. Segundo a Associação
dos Construtores do Grande ABC, no primeiro semestre deste ano houve 6.498 lançamentos imobiliários
na região, número 68,5% superior ao registrado
nos primeiros seis meses do ano passado.
De todos estes novos lançamentos, quantos podem
ser considerados sustentáveis?
Poucos ou quase
nenhum. Entende-se por empreendimento sustentável
aquele baseado em três vertentes: ser economicamente
viável, ecologicamente
correto e socialmente
justo.
O conceito de sustentabilidade
é novo e começou a ser utilizado há menos de cinco anos, mas o mercado já tem uma percepção do tema e existem construtoras
engajadas na construção
de edifícios considerados
verdes.
São apartamentos que, mesmo os mais simples, têm torneiras com temporizador
e chuveiros com redutor que economizam muita água; têm sistema de reuso da água de lavatórios
e chuveiros para
as bacias e mais um sistema de captação da água da chuva para uso em áreas externas; têm duto especial para captar
o óleo de cozinha, que depois de processado pode
ser utilizado para ativar
geradores de energia, ativar motores de elevadores
ou transformado em sabão. Além de tudo, são edifícios que selecionam e reciclam todo o lixo que produzem.
Edifícios com estas características até pouco
tempo atrás poderiam soar como devaneio de ambientalistas lunáticos.
Mas são reais e possíveis!
É preciso que, além da localização e do preço,
os consumidores levem
em consideração a sustentabilidade do imóvel
na hora da compra. É necessário que a sociedade
cobre do poder público uma legislação que obrigue
a prática da sustentabilidade,
que fiscalize e puna as construtoras que tratarem o meio ambiente com descaso, como se tem sido atualmente.
Subseção DIEESE