A taxa de juros Selic

Todos nós já ouvimos falar da taxa de juros Selic. Mas como ela interfere na dívida pública, na inflação e na economia do País?

A taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) é utilizada para remuneração dos títulos federais negociados com os bancos. A Selic é um dos instrumentos de combate à inflação, tendo como princípio desestimular o consumo para controlar a variação dos preços. E também é um parâmetro aos demais juros da economia.

Juro e dívida

A mesma taxa de juros que é usada no combate à inflação, também traz outras consequências. Cerca de 56% da dívida é atrelada à Selic, ou seja, quanto maior a taxa  maior será o gasto do governo com despesas financeiras, resultando no aumento da dívida pública.

Especulação

Além disso, a taxa Selic interfere na atividade econômica. Taxas de juros altas como as do Brasil, em 16,25% ao ano,  promovem uma desastrosa transferência de recursos do setor produtivo para o setor financeiro, uma vez que estes recursos são especulativos e não retornam para a sociedade. Seu único objetivo é maior lucratividade com menor risco.

Redução é produção

Desde setembro de 2005, o Copom (Comitê de Política Monetária) – órgão que estabelece a meta para a taxa Selic – vem baixando os juros. É de extrema importância que a política monetária do governo mantenha esta trajetória de queda, pois com uma taxa Selic menor, parte dos recursos concentrados no setor financeiro tende a migrar para o setor produtivo, gerando emprego, renda e desenvolvimento ao país.

Subseções Dieese do Sindicato e da CUT Nacional