A via sacra da vacinação

Apesar das atitudes negacionistas e das mensagens de descrédito sobre as vacinas, promovidas pelo governo brasileiro, o povo está se sacrificando atrás de locais de vacinação para se imunizarem contra a Covid-19, segundo informes da Fiocruz.

Foto: Divulgação

Algumas pessoas chegaram a percorrer até 3.000 km para serem vacinadas.  O sacrifício pode ser justificado como sendo uma resposta da população à incapacidade do governo federal de coordenar e administrar o PNI (Plano Nacional de Imunizações).

Para o professor Raphael Saldanha, mestre em saúde coletiva pela Universidade Federal de Juiz de Fora e pesquisador do projeto “Monitora Covid 19” da Fiocruz, o indivíduo que procura a dose em outro município não está errado. “A saúde é um direito, e pelo Sistema Único de Saúde (SUS) há direito a saúde em qualquer lugar, a pessoa não precisa necessariamente estar no município de residência. Então, quem que se desloca e vai para outro município, está buscando seu direito.”

Segundo o pesquisador, as falhas no PNI e a falta de critérios padronizados para a vacinação de grupos específicos fizeram com que os estados e municípios executassem o PNI com calendários diferentes. Entretanto, uma das preocupações dos pesquisadores da Fiocruz é que o fluxo de pessoas aumente a disseminação do vírus, ponderou a vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Isabella Ballalai.

É importante que as pessoas tenham em mente que a vacinação evita de 2 a 3 milhões de mortes por ano no mundo, protege as gerações futuras e permite reduzir o uso de antibióticos e antivirais, limitando o aparecimento de bactérias e vírus resistentes a medicamentos.

VACINE-SE!

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Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente