A violência não pode imperar
Nesta semana nosso Sindicato está promovendo uma série de discussões envolvendo o tema violência, tão presente nos dias atuais de nossa sociedade. Culminarão com um grande mutirão a ser realizado na próxima sexta-feira, com palestras, debates e outras atividades em todo o ABC.
O momento para essa importante reflexão não poderia ser mais oportuno, ante os índices alarmantes de criminalidade verificados nos últimos anos, não apenas nas periferias das grandes cidades, mas também no interior do País.
Violência que está presente nos crimes cotidianos, como furtos, roubos, mortes e sequestros, estes, inclusive, foram banalizados, na medida em que se tem sequestrado por qualquer motivo e por recompensa insignificante. Não precisamos lembrar os lamentáveis acontecimentos com o prefeito Celso Daniel, de Santo André. Ou mesmo a infelicidade que cruzou o destino do prefeito Toninho do PT, de Campinas. Mais recentemente, assistimos perplexos a barbárie cometida contra o jornalista Tim Lopes, da TV Globo, que estava trabalhando quando foi pego, torturado, assassinado, tendo, ainda, seu corpo ocultado.
Mas a violência também está presente no campo, com a ausência de uma política de reforma agrária, assim como nos altos índices de desemprego, recorde em nossa economia. Violência contra o trabalhador, que vê seus direitos serem precarizados em nome dessa globalização que somente beneficia os grandes poderosos.
A solução para esse problema passa, sim, por uma política séria de segurança pública, por um melhor aparelhamento da nossa polícia, pela reforma do sistema carcerário e da própria Justiça. Mas, bem sabemos que é necessário um investimento pesado na área social, com a geração de empregos, de melhor distribuição da renda, de educação, saúde e cultura para todos. Não há segredo. Basta vontade política.