ABC adere ao traba lho decente

Grupo formado por sindicatos, poder público e empresários será o primeiro do Brasil a tratar o assunto com enfoque regional.

ABC é a primeira região a aderir

A primeira Agenda Regional do Trabalho Decente no Brasil começou a ser desenhada no ABC na noite de quinta-feira, com a assinatura da carta de compromisso e a criação de um grupo de trabalho tripartite formado pelo poder público, sindicatos e empresários para tratar do assunto.
A iniciativa está basea-da na Agenda Nacional do Trabalho Decente e vai estabelecer indicadores de avaliação, com prioridades, metas e prazos para identificar os segmentos que contam com formas precárias de trabalho.
“Teremos esses indicadores até abril, quando vamos realizar a primeira conferência sobre o tema”, revela José Freire da Silva, diretor do Sindicato dos Químicos do ABC, coordenador do grupo de trabalho.
Presente ao evento, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse que a iniciativa do ABC é um modelo para o País. “Outras regiões deviam seguir esse exemplo”, afirmou.
Vanguarda
“O ABC é vanguarda das lutas sindicais e nos avanços sociais. É uma região politizada, onde o trabalhador tem consciência do seu papel e os empresários sabem que ainda precisam avançar no combate às formas precárias e degradantes de trabalho”, disse.
Para a diretora da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Laís Abramo, o ABC sai na frente porque já dispõe de prática coletiva de negociação e da estrutura tripartite do Consórcio de Prefeitos.
“Há dez anos a OIT já trabalha com a proposta de trabalho decente como fonte de dignidade, cidadania e inclusão social. É uma estratégia que deveria estar no centro das políticas de combate à pobreza”, destacou.

Assunto esteve no 6º Congresso

Trabalho decente foi um dos principais temas do 6º Congresso dos Metalúrgicos, realizado em maio passado.
Ele está na agenda do Sindicato há pelo menos cinco anos, desde a camDino panha Não caia nessa arapuca, de combate ao trabalho sem carteira assinada.

Ação coletiva

O assunto foi para a agenda regional com o seminário O ABC do Diálogo e do Desenvolvimento, realizado em março, diante da conclusão de que trabalho de qualidade e com direitos é uma maneira de combate à crise e de estímulo ao desenvolvimento social e econômico.