ABC está no debate estadual do trabalho decente
Em reunião ocorrida na última quinta feira (25) com Davi Zaia, secretário estadual do Emprego e Relações do Trabalho, o ABC foi incluído nas discussões que vão preparar a 1ª Conferência Estadual do Trabalho Decente, programada para novembro no Memorial da América Latina.
“Seriam realizados apenas três encontros preparatórios, em Tupã, Americana e Santos, e conseguimos a inclusão da nossa região”, disse Nelsi Rodrigues da Silva, o Morcegão (foto), diretor do Sindicato.
Ele afirmou que o ABC foi incluído no debate do encontro estadual no momento que prepara sua conferência regional, a segunda sobre o tema.
“Será a oportunidade de fazermos uma avaliação daquilo que foi encaminhado a partir da 1ª conferência na região realizada no ano passado. Também vamos definir metas a serem alcançadas no ABC”, comentou Morcegão.
Ele lembrou que, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o trabalho decente não significa apenas uma carteira assinada. “Ele tem de garantir uma vida digna para o trabalhador, com salário adequado, condições de trabalho seguras, sem exposição a riscos, e sem pressão ou metas a serem cumpridas”, explicou.
Ele lembrou que aqui na região a discussão sobre o trabalho decente ganhou força a partir do seminário ABC do Diálogo e do Desenvolvimento, realizado em 2009, que reuniu empresários, trabalhadores, prefeituras e os governos estadual e federal.
Nele, vários grupos de trabalho foram constituídos e um deles passou a tratar do assunto. “O grupo aprovou propostas para garantir postos de trabalho de qualidade, foram feitos alguns encaminhamentos. Várias leis municipais foram aprovadas e esse balanço será feito no encontro regional”, avisou.
Morcegão falou da importância dos trabalhadores participarem ativamente da conferência regional. Eles vão apontar propostas à conferência estadual, qualificando a participação na nacional, marcada para o próximo ano.
“Essa é a oportunidade de a sociedade pressionar por ações e políticas públicas que melhorem efetivamente a qualidade dos postos de trabalho. Além de colocar um fim ao trabalho infantil e até mesmo ao trabalho escravo, que ainda existe no País”, afirmou.
Da Redação