ABC ganha GT do setor automotivo nesta sexta de olho no pós-crise

O Consórcio de Prefeitos do ABC instala nesta sexta-feira (5) o Grupo de Trabalho (GT) do setor automotivo. Resultado do seminário ABC do Diálogo e do Desenvolvimento, o GT reunirá trabalhadores, govermos e empresas para discutir metas e planos para o desenvolvimento da cadeia automobilística no ABC. O presidente do Sindicato, Sérgio Nobre, que participará do lançamento, adiantou que as metas são emprego, renda e melhor qualidade de vida na Região. Abaixo entrevista com Sérgio, que parcicipará do evento, a partir das 9h, no Teatro Cacilda Becker, em São Bernardo.

Qual o objetivo do GT?
Discutir o setor econômico mais importante do ABC significa discutir como fortalecer o ABC e o setor na Região. O objetivo é garantir novos investimentos, inovações, tecnologia, transformar tudo isto em vantagens para a ABC e, no final, sedimentar e ampliar o emprego e a renda.

Por que logística e crédito foram eleitos como prioritários pelo GT?
Existem gargalos que impedem ganhos de eficiência no setor. Um deles é a logística por causa do esgotamento da malha viária, conforme nos foi apresentado durante o seminário. Muitas empresas já nos disseram que enfrentam problemas no just-in-time (sistema de produção no qual os componentes chegam na hora em que o produto é montado). Então o GT vai debater como melhorar a eficiência do trânsito na região.

O Rodoanel traz um alívio nesse aspecto?
Sabemos que o Rodoanel pode resolver e também trazer problemas. É tarefa do GT verificar as potencialidades que o Rodoanel pode gerar. Entre elas, a instalação de um porto seco, que será uma espécie de pré embarque para desembaraçar e agilizar as operações do porto de Santos. Veja que isso não beneficia apenas o setor automotivo, mas toda a economia do ABC.

Qual o objetivo do debate sobre crédito?
É proporcionar alternativas de financiamento e facilitar o crédito para a cadeia e os fornecedores das montadoras, principalmente os pequenos.

Onde o setor pode crescer na Região?
No campo da inovação, da tecnologia e do desenvolvimento. O ABC é um polo de engenharia automotivo. Temos a FEI, a Faculdade de Engenharia Mauá e, em breve, a Federal do ABC pode entrar no setor. O diálogo no GT também quer proporcionar um encontro entre esse atores. Quem não se modernizou perdeu o bonde da história. Grandes fábricas como a Brosol e a Motores Búfalo, por exemplo, não acompanharam as inovações e fecharam. O trabalhador e a região perderam com isso.

E que papel caberá ao Estado e à União?
Temos de situar o poder publico, o que cada setor faz para superar os impactos da crise econômica mundial e o que devem fazer para preparar a região para o pós crise, para o futuro.

Situação do setor será debatida
Durante o lançamento Grupo de Trabalho Automotivo do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, a situação do setor será debatida em dois painéis: cadeia produtiva automotiva e as políticas do governo federal é o nome do primeiro painel, com início às 9h15 e a participação do ministro do Desenvolvimento da Indústria e do Comércio, Miguel Jorge; do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho; e do prefeito de São Caetano e presidente do Consórcio de Prefeitos do ABC, José Auricchio Jr.

Cadeia produtiva automotiva e as políticas para o Grande ABC é o tema do segundo painel, que começará às 10h com a presença dos mesmos integrantes da primeira mesa mais os prefeitos das cindo cidades da região. Também se manifestarão o presidente do Sindicato, Sérgio Nobre; o secretário de Desenvolvimento de São Paulo; Geraldo Alckmin; o presidente da Anfavea, Jackson Schneider; o presidente do Sindipeças, Paulo Butori e o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Cícero Firmino da Silva, o Martinha.

O evento tem o início previsto para às 8h30, no Teatro Cacilda Becker, no Paço Municipal de São Bernardo do Campo, Praça Samuel Sabatini 50, Centro.

Da Redação