ABCD está caminhando para o pleno emprego
Para Dieese, Região pode ter taxas de emprego abaixo de 5% caso crescimento econômico continue
A queda da taxa de desemprego para apenas um dígito no ABCD pode ser um sinal de que a Região esteja caminhando para o pleno emprego. Se a taxa de crescimento atual da economia se mantiver ou mesmo cair um pouco, em alguns anos, o ABCD poderá registrar índices de desemprego abaixo de 5%, o que já representaria uma situação similar à do pleno emprego.
A taxa regional atingiu o menor índice histórico registrado pela Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e pela Fundação Seade, divulgada nesta quarta-feira (24/11). Pela primeira vez desde que o levantamento é realizado o índice do ABCD caiu para um dígito, para 9,3% no mês passado.
De acordo com o economista do Dieese, Sérgio Mendonça, caso a economia do País continue crescendo é provável que em 2011 a taxa de desemprego da Região se mantenha abaixo dos dois dígitos.
“Tivemos queda do desemprego em todo o País. Todos os setores estão crescendo, indústrias, comércio, serviços, construção. Temos recuperação do consumo apoiada na massa salarial e no crédito e a retomada dos investimentos, que caíram em 2009 por conta da crise financeira mundial. Todos os fatores macro econômicos contribuem”, afirmou.
No entanto, para Mendonça, se a taxa de juros fosse menor a situação poderia ser ainda melhor. “Mas mesmo com o câmbio valorizado e os juros altos, temos o crescimento do mercado de trabalho. No ABCD, a indústria está se recuperando e para uma região fortemente industrializada isso tem efeito bastante favorável”, disse.
O economista revela ainda que, apesar da tendência ser de queda, a taxa de desemprego atual não é um bom índice. “Dá pra comemorar, pois já tivemos até 20% de desempregados e tudo indica que a taxa deve continuar caindo. Se mantivermos o crescimento econômico por quatro ou cinco anos, o desemprego chegará a patamares muito mais baixos. O que existiria, então, é o desemprego friccional e não o estrutural”, afirmou.
Do ABCD Maior