ABCD exporta US$ 1,5 bi a mais em 2010

Vendas da Região ao exterior cresceram 34% no ano passado; importações aumentraam 41%

As exportações das empresas instaladas no ABCD cresceram mais de um terço entre 2009 e o ano passado, passando de US$ 4,562 bilhões para US$ 6,106 bilhões. O resultado fez o saldo da balança comercial da Região registrar aumento de 3,8% no período e fechar o ano com sobra de US$ 931 milhões. Os dados são do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).

São Bernardo, Santo André e São Caetano registraram os maiores volumes comercializados com o exterior. São Bernardo foi responsável por US$ 3,9 bilhões em exportações, enquanto São Caetano e Santo André registraram total de vendas de US$ 699 e US$ 669, respectivamente. Com o resultado, São Caetano registrou a segunda maior movimentação de mercadorias do ABCD para o exterior. Entre os produtos mais exportados pelas três cidades estão motores de veículos, tratores rodoviários, automóveis, acessórios automotivos, acessórios para tratores, pneus novos para ônibus, caminhões, tubos e chapas de cobre.

O resultado da balança comercial só não foi melhor porque as importações cresceram num ritmo maior que o das exportações no ano passado, principalmente em Diadema e Santo André. O total de compras do ABCD em outros países aumentou 41,15% entre 2009 e 2010.

Em Diadema, enquanto as exportações caíram 9% entre 2009 e o ano passado, as importações das empresas instaladas no município cresceram 51,8%. O resultado fez a balança comercial do município fechar 2010 no negativo, com déficit de US$ 455,2 milhões. Em Santo André, as exportações cresceram 5,43% e as importações 46,29% no ano passado. São Bernardo teve saldo positivo de US$ 993,55 na balança comercial em 2010.

Na avaliação do economista e coordenador do curso de Economia da FSA (Fundação Santo André), Ricardo Balistiero, apesar do resultado positivo na balança comercial as empresas da Região enfrentam problemas para vencer o câmbio competitivo e a alta carga tributária.

“São Bernardo e Santo André são os municípios que mais sofrem com o câmbio e acabam gastando muito para adquirir produtos e desenvolver mercadorias que, possivelmente, depois serão exportadas. Uma forma das cidades intensificarem o desenvolvimento seria o governo utilizar a carga tributária como um agente facilitador, para que as empresas ampliassem o volume de seus negócios”, disse. 

Do ABCD Maior (Felipe Rodrigues)