Acidentes cresceram em 2005

No Seminário Internacional sobre Segurança no
Trabalho, realizado em agosto, na Fundacentro, em São Paulo,
o Ministério da Previdência e
Assistência Social (MPAS) apresentou a estatística
sobre acidentes de trabalho e doenças ocupacionais no Brasil
de 2005, que mostrou o aumento de 5,59% no número de
acidentes de trabalho em comparação ao ano de
2004.

Duas das possíveis causas desse aumento foram o maior
número de notificações e a
geração de empregos formais.

O número de trabalhadores registrados passou de 24.793.269
em 2004 para 26.429.680 em 2005, mostrando um salto no emprego com
carteira assinada de quase dois milhões em apenas um ano do
governo Lula.

Mortes diminuíram – Um indicador
interessante é a diminuição do
número de mortes no trabalho neste período. A
queda foi de 4,61% em relação a 2004, isto
é, diminuiu de 2.839 mortes para 2.708, invertendo
tendência dos últimos anos de
diminuição dos acidentes e aumento das mortes.

Isso pode significar que além de diminuírem os
acidentes fatais está havendo uma maior
notificação através da
emissão de CAT para os acidentes de menor gravidade, que
antes não eram formalizados.

Revela ainda que está melhorando a qualidade das
informações na área de
saúde e segurança no trabalho.

Indústria lidera – O setor industrial
é o que apresenta o maior número de acidentes de
trabalho. Grande parte destes acidentes de trabalho (33,3%) envolve
ferimentos e lesões em punhos e mãos,
principalmente causados por máquinas velhas e sem
dispositivos de segurança. Os dados apontam que quem mais
sofre acidente no trabalho são trabalhadores com idade entre
20 e 34 anos.

Custo é alto – Segundo o
secretário Helmut Schwarzer, da Previdência
Social, cerca de 4% do PIB brasileiro é gasto com
doenças e acidentes no trabalho.

Isso significa algo em torno de 76 bilhões de reais e
envolve queda na produtividade do trabalhador afastado,
auxílio doença,
indenizações e aposentadorias por invalidez,
entre outras perdas para as pessoas, para a economia e para a
sociedade.

Esse alto custo justifica todo esforço do nosso Sindicato na
luta por melhoria das condições de trabalho, pela
proteção de prensas e similares e pela
preservação da saúde e da vida dos
trabalhadores.


Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente