Ações pós-crise serão estudadas pelo Conselho de Desenvolvimento
Para debater o assunto, empresários, trabalhadores e intelectuais se reúnem nesta quarta-feira (9) com o presidente Lula para discutir uma agenda pós-crise que garanta condições para a continuidade dos investimentos públicos e privados
A manutenção dos empregos e a redução das taxas de juros foram algumas das ações do governo federal para combater a crise internacional. No entanto, novas ações são necessárias para o período pós-crise. Para debater o assunto, empresários, trabalhadores e intelectuais se reúnem nesta quarta-feira (9) com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para discutir uma agenda pós-crise que garanta condições para a continuidade dos investimentos públicos e privados. A reunião será a 32ª do pleno do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).
Com o tema “Brasil e as Perspectivas para o Desenvolvimento”, a reunião será a última do ano. Na ocasião serão apresentadas sugestões para consolidar os avanços obtidos durante o enfrentamento da crise, adotando como parâmetro o desenvolvimento brasileiro em suas diferentes dimensões: econômica (com ênfase nos setores siderurgia, máquinas e equipamentos e química); social (empregos e proteção social); os desafios da educação e da tecnologia e inovação e o aprimoramento institucional. A reunião contará com a participação da ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e do ministro Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais e secretário-executivo do CDES.
Conselho – O Conselho ganha cada vez mais importância nas discussões sobre as políticas públicas. As ações do governo para combater a crise financeira internacional foi fruto de debates com o CDES. O grupo endossou, por exemplo, a atuação mais vigorosa dos bancos públicos na oferta de crédito e os cortes feitos nas taxas de juros, o que barateou os empréstimos e facilitou a realização de investimentos. Outras medidas propostas pelo conselho também foram acatadas, como a manutenção do emprego, da renda e do crédito; fortalecimento do mercado interno; manutenção dos investimentos públicos em infraestrutura e a redução da taxa de juro.
“De fato, o Brasil superou a crise e fecha o ano fortalecido, com a economia aquecida, a geração de empregos em alta e a produção industrial em ampla recuperação”, afirmou o secretário de relações institucionais.
Conselho Federal é modelo para estados e municípios – A experiência pioneira e democrática do CDES federal está influenciando a criação de conselhos da sociedade civil em estados e municípios. Pernambuco, Paraíba, Maranhão e Bahia já fundaram órgãos consultivos que operam à semelhança do CDES. Os municípios de Canoas (RS), São Carlos (SP) e Santarém (PA) também criaram conselhos de líderes sociais que opinam sobre as políticas e as decisões que afetam o cotidiano dessas cidades. O de Santarém, primeiro da Amazônia Legal, foi instalado no fim de novembro.
Do Em Questão