Acordo de prensas: Empresas não cumprem prazos
As empresas da região não estão cumprindo os prazos determinados por acordo para a instalação de proteção nas prensas e máquinas do setor metalúrgico.
A chamada Convenção Coletiva para Proteção das Prensas e Similares começou a valer em fevereiro do ano passado.
Ela determina que a cada semestre as empresas instalem proteção em 25% de suas máquinas e ferramentas.
“Pelo prazo, mais da metade das prensas e ferramentas já deveriam estar com proteção, mas não é isso que acontece”, disse Mauro Soares, responsável pelo Departamento de Saúde e Meio Ambiente do Sindicato.
Além de estarem atrasados na colocação das medidas de proteção, os patrões não deixam os cipeiros acompanharem o trabalho que está sendo feito, contrariando os termos do acordo. Esse é um dos motivos pelo qual o número de acidentes – 30 por dia só em Dia-dema – é assustador, como esta Tribuna denunciou na edição de ontem
“Ao contrário, o cipeiro atuante é pressionado pelas chefias e muitas vezes ameaçado de demissão”, comentou.
>> Civil e criminal
Para fazer o patrão agilizar o processo de instalação de proteção nas prensas, o Sindicato vai acionar o Ministério Público para aumentar as fiscalizações.
“Nos casos de acidentes envolvendo trabalhador, as empresas estão sendo processadas civil e criminalmente”, explicou Mauro.
Para ele, o patrão que retarda a instalação das proteções para ganhar dinheiro, vai pagar caro e enfiar a mão no bolso no final das ações.