Acordo garante 40 contratações na Ford
As 40 novas vagas estavam previstas pelo Sindicato. Foto: Paulo de Souza/SMABC
Quarenta novos trabalhadores já fazem parte da montagem final do New Fiesta, lançado em março e fabricado na Ford, em São Bernardo, após negociações de mais de dez meses com o Sindicato.
“Pelo nosso acordo, as contratações estavam previstas para 2014”, lembrou o diretor de Administração do Sindicato, Teonílio Monteiro da Costa, o Barba.
Mesmo assim, contou o dirigente, a Ford resolveu fazer um ajuste por meio de um Plano de Demissões Voluntárias. Quando o PDV terminou, a empresa verificou a necessidade de antecipar essas contratações.
“Quando negociamos a vinda de um novo produto para a planta da Ford de São Bernardo, já sabíamos que seriam gerados novos postos de trabalho”, afirmou Barba.
“Essas contratações mostram que a negociação do Sindicato com a Ford foi feita de forma acertada”, completou.
Valor agregado
O diretor também destacou que o novo carro possui mais tecnologia embarcada e isso também foi um fator que permitiu a abertura de novos postos.
“O New Fiesta, além de ser produzido em plataforma global, o que colocou a planta do ABC na estratégia de investimentos mundiais da montadora, também trouxe um conjunto de novas tecnologias, o que agregou valor ao produto, ampliou a necessidade de mão de obra no chão de fábrica e a tornou mais qualificada”, comemorou.
Portas para o futuro
Dos 40 trabalhadores recém contratados pela Ford devido ao acordo firmado com o Sindicato que garantiu a produção do New Fiesta em São Bernardo, três deles têm histórias diferentes, mas com o mesmo final, a montagem de portas do novo carro.
A ex-corretora de seguros Ana Paula Lopes Crasnojan, a atriz e publicitária Vanessa Calciolari Zaparolli e o metalúrgico Edilson José de Oliveira se inscreveram pelo site da empresa para tentar uma vaga.
Ana Paula e Vanessa conheciam pouco o trabalho e o único contato que mantinham com o setor automotivo era por meio do pai metalúrgico.
Para surpresa delas, ambas foram chamadas para entrevista logo depois da inscrição e depois de uma semana estavam contratadas.
“Acho que todo mundo deveria encarar novos desafios. É uma mudança radical”, disse a ex-corretora.
“Sempre tive vontade de trabalhar em uma linha de produção. Não troco por nenhum escritório”, garantiu Vanessa, que trabalhava como assistente administrativa antes de ser chamada pela Ford.
Oposto
O metalúrgico Edilson é formado em mecânica de usinagem e desenho técnico pelo Senai e trabalhava como prensista em uma fábrica da base.
Apesar disso, não lembra quando enviou seu currículo para a Ford. “Quando me ligaram achei que era pegadinha”, brincou o metalúrgico.
Mesmo com histórias distintas, os três serão companheiros de linha e não escondem a felicidade pela contratação e a oportunidade de trabalhar na montadora.
“Estou muito feliz mesmo”, resumiu Ana Paula. “Foi uma excelente negociação”, definiu Vanessa. “Estou sem palavras”, concluiu Adilson.
Da Redação