Acordos fechados em cinco fábricas

Foi a mobilização que arrancou o acordo na TRW, em Diadema, já que a fábrica queria congelar a PLR. “Com a luta, o valor deste ano é 15% maior que 2004”, disse Davi Carvalho, diretor do Sindicato. A primeira parcela será paga dia 16 e a segunda em 15 de janeiro.

Na Federal Mogul, igualmente em Diadema, a pressão da companheirada fez a empresa andar mais depressa para fechar um acordo que costuma demorar muitas reuniões para ser definido. Este ano, a mobilização agilizou o processo e a proposta saiu em período bem menor que o habitual – e já foi aprovada.

“A luta mostrou como as coisas são mais fáceis quando estamos unidos. Não só agilizamos as negociações como conseguimos acordos melhores”, comemorou Mauro Soares, diretor do Sindicato.

Na Mahle Metal Leve, em São Bernardo, a PLR foi quase 20% superior que a do ano passado graças à organização dos trabalhadores. “A melhora significativa no valor foi mais uma conquista da companheirada”, afirmou José Paulo Nogueira, diretor do Sindicato. “Mas a luta não acabou. Existem outras questões bastante relevantes a serem discutidas na fábrica e o pessoal deve continuar mobilizado”, alertou.

Acordos inéditos

Pela primeira vez os companheiros na Eletrocoating e na Fav, duas fábricas com poucos trabalhadores em Diadema, conquistaram a PLR.

“Esse pessoal mostrou que para conseguir a PLR só é necessário se organizar”, comentou Zé Mourão, diretor do Sindicato.

Por isto, ele aconselha quem trabalha em empresas com poucas pessoas a procurar a Sede ou as Regionais do Sindicato para discutir a melhor forma de se organizar contra a enrolação das fábricas e alcançar as mesmas conquistas.

Mas ainda existem problemas

Os trabalhadores na Makita, em São Bernardo, estão mobilizados e exigem uma proposta favorável da fábrica para votar na assembléia que realizarão amanhã pela manhã.

Duas reuniões já ocorreram na Arteb, mas há problemas no valor da primeira parcela. Hoje haverá uma nova negociação.

Na Fibam, também de São Bernardo, não teve acordo na primeira rodada de negociações pois a proposta é menor que a do ano passado. Também não há consenso nas datas de pagamento. Dia 16 tem nova conversa com a fábrica.

O Sindicato já entregou pauta há uma semana na Pinças Grassi, mas a empresa não respondeu. Além da PLR, o pessoal quer a implantação de restaurante e equiparação salarial.