“Acusações de corrupção é método de ação da classe dominante”, diz Gilberto Carvalho

Durante o 7º Congresso da Federação Estadual dos Meta­lúrgicos da CUT, a FEM-CUT, o presidente do Sesi, Gilberto Carvalho (foto), falou aos de­legados sobre as questões que estão em jogo nos atos que mo­bilizaram milhões de brasileiros nos dias 13 e 15 de março.

Ele chamou a atenção para os interesses em torno do petróleo, que no mundo inteiro movi­mentam bilhões em guerras, como no oriente médio e em países que possuem reservas. No caso do Brasil não é dife­rente e essa guerra se tornou mais intensa com a descoberta do Pré-Sal.

“O que está por trás dessa disputa é a tentativa de quebrar um projeto que tirou milhões de brasileiros da pobreza, que foram incluídos na sociedade de consumo e isso era privilégio de uns poucos”, afirmou.

“O fato de o governo federal ter decidido investir parte dos lucros desta reserva de petróleo do Pré-Sal para educação dos brasileiros é outro ponto de disputa”, ressaltou.

Segundo Gilberto Carvalho, a mudança de tratamento da mídia em relação à presidenta Dilma Rousseff aconteceu quando ela atacou os juros e o spread (lucro) bancário e se negou a fazer o leilão das hidrelétricas e começou a reduzir a taxa de lucratividade nas concessões públicas.

“O capital e seus representantes reagiram e foi por isso que começou um tempo ruim para a Dilma na mídia comercial, podem pesquisar nos jornais”, lembrou.

O presidente do Sesi fez uma relação do momento político que o Brasil está vivendo com o que aconteceu em outros períodos da história recente do País.

“Sempre que um presidente fez concessões aos trabalhadores foi acusado de corrupção, não é novidade isso”, enfatizou.

“Foi assim com o Getúlio Vargas, com a formalização dos trabalhadores pela carteira de trabalho, que resultou em seu suicídio; com o presidente João Goulart, com as reformas de base e a tentativa de reforma agrária e com o ex-presidente Lula, em 2005”, completou.

“Não é nada diferente do método de ação da classe dominante e por isso temos que cerrar fileiras pela Reforma Política no Brasil”, concluiu.

Da Redação