Adeus, marmita!
Trabalhadores na Brasmeck conquistam restaurante
Alemão e Zé Mourão (ao centro) almoçam com o pessoal no novo refeitório da Brasmeck
Comida quente e fresca no local de trabalho
Marmita é coisa do passado para os 75 companheiros e companheiras na Brasmeck, fábrica de autopeças em Diadema. Há um mês, eles contam com comida pronta no local de trabalho, resultado da negociação do Sindicato com a empresa dentro do projeto Marmita Zero.
“Com o restaurante aqui fica mais fácil”, elogia a operadora de máquinas Margarida Odete de Mello, antes usuária da marmita preparada no dia anterior, quando fazia o jantar da família.
“O pessoal está gostando. Antes, nossas opções eram a marmita ou o restaurante popular, aqui perto”, relata Sebastião Pereira Campos, o Alemão, do Comitê Sindical.
Azedo
Um dos sócios da fábrica, Valdemar Manoel dos Santos, considera um mês insuficiente para avaliar os resultados da implantação do restaurante para a Brasmeck.
“Sei que o benefício para os trabalhadores é grande. Usei marmita a vida toda e a gente sobrecarregava até a nossa mulher”, recorda.
“Sem contar as vezes em que a comida azedava”, brinca.
Os metalúrgicos pagam R$ 1,25 por refeição, 20% do valor da comida, segundo a empresa, que investiu R$ 30 mil para implantar o restaurante.
Conquista chega em 12 empresas
A Brasmeck é a 12ª fábrica da base a implantar restaurante no local de trabalho, dentro do projeto Marmita Zero que o Sindicato desenvolve desde 2007. Já passam de dois mil os metalúrgicos que deixaram as marmitas e agora contam com comida fresca e de qualidade no serviço.
“A instalação do restaurante cria um novo ambiente no local de trabalho porque valoriza o metalúrgico”, afirma José Mourão, diretor do Sindicato.
Vai continuar – O dirigente acrescenta que a campanha vai prosseguir nesse ano, já que no ano passado a preocupação maior foi a luta pela preservação do emprego. O restaurante na Brasmeck, por exemplo, estava previsto para ser instalado em janeiro de 2009 e sofreu dois adiamentos por conta da crise.