Advogado é assassinado após denunciar corrupção policial
Dois meses após trazer à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa relatório com dados, fotos e documentos sobre a prática de agressões, corrupção e abuso policial, ocorridos em Caraguatatuba, o advogado criminalista Diego Luiz Berbare Bandeira foi executado na porta de sua casa com 14 tiros.
No dia 19 de junho, Bandeira denunciou na Comissão abusos e práticas de corrupção cometidas por policiais em Caraguatatuba, litoral Norte do Estado, e relatou ainda, que vinha sofrendo ameaças de morte.
Na semana seguinte, em 25 de junho, o deputado estadual petista Marco Aurélio de Souza, integrante da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, acompanhou o advogado numa audiência com o Procurador Geral do Estado Elival da Silva Ramos, quando Bandeira entregou um relatório com as denúncias sobre as irregularidades e abusos cometidos por alguns policiais de Caraguatatuba.
Na última quinta-feira (23/8), Bandeira, que integrava a Comissão de Direitos Humanos da OAB, foi morto com 14 tiros.
Assim que tomou conhecimento do assassinato, o deputado Marco Aurélio e o presidente da Comissão de Direitos Humanos, da Assembleia, o também petista Adriano Diogo, enviaram ofício ao Secretário de Segurança Pública do Estado, Antonio Ferreira Pinto, para que o inquérito de investigação seja transferido para a capital paulista. “O ideal é que o processo não corra lá (Caraguatatuba). Vamos pedir ao secretário de Segurança Pública que o processo seja transferido para São Paulo”, — disse Souza.
Da PT Alesp