Agir no local, pensando globalmente
Daniel Calazans, do CSE na Scania e membro da Comissão de Combate ao Racismo, foi um dos metalúrgicos do ABC que esteve na conferência.
Por que a rede é importante?
Porque existem grandes desigualdades entre direitos, condições sociais e econômicas entre os trabalhadores no mundo. Só conseguiremos vencer essas diferenças com base na solidariedade e com uma ação internacional organizada.
Quais são os objetivos?
Primeiro é uma ação internacional conjunta. Hoje qualquer atitude local do sindicato tem repercussão em outras regiões ou países, a repercussão é global. Veja o exemplo da Volks. Depois, precisamos formar nossas lideranças para entender a necessidade da luta conjunta.
Como a rede funciona?
Todos podem ter acesso, mandando suas informações. A idéia é fomentar esse debate, que pode ser uma boa ferramenta para a organização no local de trabalho.
Já existe alguma ação prática?
Sim. Há organização de uma marcha contra o Nafta (acordo comercial já em funcionamento entre EUA, Canadá e México) e contra a Alca (acordo em negociação entre os países americanos) que vai cortar os EUA de norte a sul. Veja como é importante o apoio dos brasileiros à manifestação, já que o Nafta precarizou muito o trabalho nos três países. O mesmo pode acontecer aqui e nas demais nações latino-americanas caso a Alca seja implantada como querem os EUA.