Ainda dá tempo para o Brasil fabricar baterias para carros elétricos?

Executivos apontam importância de investir em mineração e beneficiamento de matérias-primas

A mobilidade elétrica tem transformado toda a cadeia de produção automotiva e o Brasil pode se consolidar como fabricante de baterias para carros elétricos, se correr atrás do tempo perdido. Durante o #ABX22 – Automotive Business Experience, em setembro, executivos apontaram caminhos para o país entrar nesse mercado.

 “Para garantir que o BR esteja à frente e consiga recuperar o tempo perdido só mesmo investindo na cadeia como um todo, sem depender de ter que exportar os minérios para depois importar módulos e montar as baterias aqui”, disse o diretor de sistemas de baterias da BorgWarner Brasil, Marcelo Rezende. O Brasil tem as principais matérias-primas para o componente estratégico dos carros elétricos: lítio, grafite, níquel, cobre e manganês. 

De olho nesse mercado, a BorgWarner anunciou, em maio, que vai construir a sua primeira fábrica dedicada a produzir baterias, em Piracicaba (SP). Atualmente, a China tem 60% da capacidade de produção de células de bateria, mas nos próximos anos isso deve mudar à medida que Europa e os Estados Unidos têm investido em instalações locais. Para a América do Sul não há perspectivas no horizonte dos próximos 8 anos.

O representante do Ministério da Ciência e Tecnologia, Marcos Pinto, afirmou que o “investimento em pesquisa e inovação obviamente será privado, mas a iniciativa publica tem lançado editais e tentando direcionar as iniciativas do Rota 2030 para isso.”  No âmbito regional, o Brasil mantém trabalhos de pesquisa em energias renováveis com o Mercosul, mas nada focado diretamente em baterias.

Do Automotive Business