Ajuste contra inflação não deixará juros em patamar elevado, diz Dilma

 

A presidente Dilma Rousseff afirmou, nesta terça-feira (16), que eventual ajuste para conter inflação não deixará juros em patamares elevados.
“Mantivemos a capacidade de buscar um maior equilíbrio entre as variáveis macroeconômicas, que é mudar o patamar de juros no Brasil. Nós jamais voltaremos a ter aqueles juros em que qualquer necessidade de mexida elevava os juros para 15% porque estava em 12% a taxa de juros real. Hoje, nós temos uma taxa de juros real bem baixa. Qualquer necessidade para combater a inflação será possível fazer em patamar bem menor”, disse Dilma.
Para Dilma, não há problema em “atacar a inflação sistematicamente”.  “Quero adentrar pela questão da inflação e dizer a vocês que a inflação foi uma conquista desses dez últimos anos do governo do presidente Lula e do meu governo. Que nós não negociaremos com a inflação. Nós não teremos o menor problema em atacá-la sistematicamente. Queremos que esse país se mantenha estável. A inflação corrói o tecido social, corrói para o trabalhador a renda, corrói para o empresário seu lucro legítimo. Isso não podemos mais deixar voltar ao Brasil”, afirmou Dilma. Em evento do PT nesta segunda (15) Dilma já tinha abordado o tema e afirmando que a inflação está “sob controle”.
No discurso desta terça-feira ela ainda rebateu o que chamou de discurso pessimista e disse que não há “a menor hipótese de o Brasil não crescer neste ano”. “Acredito que tem uma parte dessa história que vocês escutam que é um pessimismo especializado. É um pessimismo de plantão. Um pessimismo que nunca olha o que já conquistamos e a situação que estamos. Sempre já achando que a catástrofe é amanhã. Achando que esse processo é um processo que tem sinalizações indevidas. Eu queria dizer para vocês que não há menor hipótese do Brasil este ano não crescer. Eu estou otimista com o Brasil. Eu tenho certeza que nós vamos colher aquilo que plantamos e plantamos muitas sementes e hoje aqui acabamos de plantar mais uma”, completou.
Inflação em alta e juros
Na semana passada, o IBGE divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, usada como base para as metas do governo, apresentou variação de 0,47% março – taxa inferior à registrada no mês anterior, de 0,60%.
No acumulado dos últimos 12 meses, porém, a taxa de inflação é de 6,59%, acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central, que é de 6,5%. A última vez que o índice superou o teto da meta foi em dezembro de 2011, quando atingiu 6,64%.
Com a pressão inflacionária, alguns analistas acreditam que o Banco Central possa aumentar a taxa de juros, hoje em 7,25%, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que termina nesta quarta.

 

A presidente Dilma Rousseff afirmou, nesta terça-feira (16), que eventual ajuste para conter inflação não deixará juros em patamares elevados.

“Mantivemos a capacidade de buscar um maior equilíbrio entre as variáveis macroeconômicas, que é mudar o patamar de juros no Brasil. Nós jamais voltaremos a ter aqueles juros em que qualquer necessidade de mexida elevava os juros para 15% porque estava em 12% a taxa de juros real. Hoje, nós temos uma taxa de juros real bem baixa. Qualquer necessidade para combater a inflação será possível fazer em patamar bem menor”, disse Dilma.

Para Dilma, não há problema em “atacar a inflação sistematicamente”.  “Quero adentrar pela questão da inflação e dizer a vocês que a inflação foi uma conquista desses dez últimos anos do governo do presidente Lula e do meu governo. Que nós não negociaremos com a inflação. Nós não teremos o menor problema em atacá-la sistematicamente. Queremos que esse país se mantenha estável. A inflação corrói o tecido social, corrói para o trabalhador a renda, corrói para o empresário seu lucro legítimo. Isso não podemos mais deixar voltar ao Brasil”, afirmou Dilma. Em evento do PT nesta segunda (15) Dilma já tinha abordado o tema e afirmando que a inflação está “sob controle”.

No discurso desta terça-feira ela ainda rebateu o que chamou de discurso pessimista e disse que não há “a menor hipótese de o Brasil não crescer neste ano”. “Acredito que tem uma parte dessa história que vocês escutam que é um pessimismo especializado. É um pessimismo de plantão. Um pessimismo que nunca olha o que já conquistamos e a situação que estamos. Sempre já achando que a catástrofe é amanhã. Achando que esse processo é um processo que tem sinalizações indevidas. Eu queria dizer para vocês que não há menor hipótese do Brasil este ano não crescer. Eu estou otimista com o Brasil. Eu tenho certeza que nós vamos colher aquilo que plantamos e plantamos muitas sementes e hoje aqui acabamos de plantar mais uma”, completou.

Inflação em alta e juros

Na semana passada, o IBGE divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, usada como base para as metas do governo, apresentou variação de 0,47% março – taxa inferior à registrada no mês anterior, de 0,60%.

No acumulado dos últimos 12 meses, porém, a taxa de inflação é de 6,59%, acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central, que é de 6,5%. A última vez que o índice superou o teto da meta foi em dezembro de 2011, quando atingiu 6,64%.

Com a pressão inflacionária, alguns analistas acreditam que o Banco Central possa aumentar a taxa de juros, hoje em 7,25%, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que termina nesta quarta.

Do G1