ALCA: Proposta brasileira é base das negociações
A proposta brasileira de uma agenda flexível nas negociações da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) é a base da reunião ministerial para a formação do bloco, em negociação em Miami, nos Estados Unidos.
O evento reúne ministros dos 34 países das Américas e, se man-tida a posição brasileira, será importante vitória da política externa do governo brasileiro.
Flexibilizar a agenda significa negociar a ALCA em linhas gerais e deixar livre para cada país negociar o que lhe interessa.
Segundo Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores, deverá ser mantido pelos ministros na reunião, que termina hoje, uma maneira genérica de se tratar os nove temas em estudo – acesso a mercados, agricultura, compras governamentais, direito de propriedade intelectual, subsídios, serviços e investimentos – e deixa para futuras negociações temas mais complexos.
>> Temas trabalhistas
Embora contrários da implantação da ALCA, o movimento sindical sul e norte-americano viu que a flexilização, ou ALCA light é interessante na medida que se abre espaço para incluir temas trabalhistas nas negociações. O governo brasileiro apoia esse debate.
Jocélio Drumond, representante da CUT na conferência paralela que ocorre junto com a reunião ministerial, acredita que debater direitos dos trabalhadores impede que a unificação das regras dos acodos seja feira pelo mais baixo nível.
Hoje, a partir das 10h, a CUT/SP e entidades ligadas aos movimentos populares fazem concentração no MASP em protesto contra a implantação da ALCA no Brasil. Depois, farão caminhada até o Consulado dos Estados Unidos, onde acontecerá um ato de encerramento.