Alckmin quer novos pedágios nas estradas paulistas

Medida elevará arrecadação nos pedágios em São Paulo para mais de R$ 1 bilhão*


Foto: Luciano Vicioni

O governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB) não tem compromisso com o desenvolvimento do País. Prova disso é a proposta de instalação de mais pedágios em todas as rodovias de São Paulo, incluindo os trechos urbanos da Anchieta e Imigrantes.

Alckmin afirmou na segunda-feira (16) que pretende criar mais seis pórticos, um a cada 8 km, com leitura automática como radares, substituindo as atuais praças de cobrança nas Vias.

“A decisão de Alckmin está na contramão do esforço feito pelo governo federal de redução de impostos para estimular a economia”, denunciou o vice-presidente do Sindicato, Rafael Marques.

“Na verdade, ele cria mais um imposto que só aumenta a arrecadação do Estado de São Paulo e aumento os custos de produção ao subir o preço do transporte de cargas”, prosseguiu o dirigente. “Isso pode ter repercussão nos empregos”, adverte.

“Outra consequência ruim para os trabalhadores é que os companheiros que hoje não pagam para se locomoverem, como prevê a lei, passarão a pagar, pois a iniciativa do governo estadual desrespeita a lei que proíbe a instalação de pedágios a menos de 35 km a partir do marco zero de São Paulo, a Praça da Sé”, afirma Rafael.

O vice-presidente do Sindicato adverte ainda que a cobrança também vai prejudicar o trânsito das vias locais, já que os motoristas evitarão as rodovias com os novos pedágios. 

“O Sindicato, o Consórcio Intermunicipal, as prefeituras, os empresários têm se reunido para construir uma proposta de mobilidade urbana, que não prejudique a vocação industrial do ABC”, lembrou Rafael.

“A decisão de Alckmin vai contra nossos objetivos e está equivocada para uma política de região metropolitana”, avaliou o dirigente.


Rafael Marques. Foto: Rossana Lana / SMABC

Sindicato vai à luta contra cobrança
Rafael Marques se reuniu nesta terça-feira (17) com o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, para debater os efeitos da proposta de instalação de pedágios em trechos urbanos da Rodovia Anchieta, feita por Alckmin.

“A cidade e o ABC serão muito prejudicadas. Trabalhadores que hoje não pagam para transitar pela rodovia, passarão a pagar e todos os investimentos que estão sendo feitos para melhorar o trânsito em São Bernardo ficarão comprometidos por essa medida”, disse o dirigente.

Ele adiantou que vai procurar os prefeitos das demais cidades e representantes de outros sindicatos para juntos tentarem barrar a cobrança. “Não podemos deixar que o trabalhador pague para circular pela cidade onde mora”, concluiu.

*Corrigido em 18/7, às 9h54
Da Redação