Alemanha financia usinas de hidrogênio verde no Brasil
Com o objetivo de limpar sua matriz energética e diversificar as fontes de fornecimento após reduzir a compra de gás da Rússia – por causa da guerra travada na Ucrânia –, a Alemanha está patrocinando projetos, pesquisas e eventos ligados ao desenvolvimento do hidrogênio verde no exterior, o que tem beneficiado o Brasil. As primeiras plantas de hidrogênio verde do País foram inauguradas em agosto de 2023.
Ainda são usinas piloto construídas em laboratórios de faculdades – uma na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e outra na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em setembro, foi a vez de a Universidade Federal de Itajubá (Unifei), em Minas Gerais, inaugurar sua pequena usina. Em comum, além de desenvolverem o combustível que é uma das principais apostas do mundo para reduzir as emissões de carbono, os projetos estão recebendo recursos do país europeu.
O governo da Alemanha já anunciou que o hidrogênio verde é uma das fontes de energia renovável estratégicas para o país abandonar os combustíveis fósseis. De acordo com a Lei das Fontes de Energias Renováveis do país, as fontes limpas deverão ser responsáveis por 80% da energia até 2030. Para cumprir a meta, a Alemanha terá de importar dois terços do hidrogênio verde que deverá demandar.
A estratégia para alcançar as metas de descarbonização e promover o abastecimento de hidrogênio na Alemanha foram estabelecidas em meados de 2020. O governo destinou € 9 bilhões para investimento tanto interno como externo. No Brasil, além das plantas da UFSC, da UFRJ e da Unifei, projetos na Universidade Federal de Goiás (UFG) e no parque tecnológico Itaipu também receberam financiamento do governo alemão, grande parte por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (Giz), uma agência de cooperação técnica.
Do O Estado de S. Paulo