Aliança Renault-Nissan produzirá picape compacta na América do Sul
Montadoras anunciaram continuidade da parceria global por mais 15 anos
A Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi está assegurada por mais 15 anos, anunciaram as três montadoras nesta segunda-feira, 6. A parceria global esteve à beira do rompimento nos últimos anos, especialmente a partir de 2018, com o escândalo envolvendo Carlo Ghosn, CEO responsável pela criação da aliança em 1999.
A continuidade, entretanto, exigiu a substancial redução da participação acionária da Renault de 43,4% para 15% na Nissan — mesma fatia que a empresa japonesa domina na montadora francesa —, e movimentos como a compra de 15% dos papeis da Ampere, divisão de veículos elétricos e softwares da Renault, por parte da Nissan.
O acordo inclui ainda novos projetos operacionais e veículos inéditos em várias regiões. Na Europa, por exemplo, as empresas produzirão, em 2026, uma van elétrica batizada de FlexEVan, enquanto na América do Sul e Índia nascerão veículos sobre plataformas conjuntas. Nissan e Mitsubishi, que também estuda participação na Ampere, se tornarão ainda clientes da Horse, braço do Grupo Renault de tecnologias de trem de força de combustão interna e híbrida de baixa emissão (ICE).
Com o novo acordo, a eletrificação ganhará destaque nos próximos movimentos das parceiras tanto para automóveis como para veículos comerciais, sempre com elevado nível de compartilhamento de componentes entre eles. Para a América Latina, estão definidos quatro projetos. A principal novidade é uma nova picape de meia tonelada, desenvolvida pelo Grupo Renault e compartilhada com a Nissan, que será produzida em Córdoba, na Argentina, junto com a Nissan Frontier-Renault Alaskan, que seguirão em linha.
Do AutoIndústria