AMA-A ABC promove oficina sobre Memória e Democracia com troca de experiências entre ABC e Catalunha
Evento contou com representantes da Universidade Autônoma de Barcelona
Na manhã da última quinta-feira, 26 de setembro, o Centro de Formação Celso Daniel recebeu a ‘1ª Oficina de Memória Histórica e Democracia do ABC Paulista e Catalunha: experiências dos centros de memória’.
Promovido pela AMA-A ABC (Associação dos Metalúrgicos Anistiados e Anistiandos do ABC) e pela UFABC (Universidade Federal do ABC), o evento teve por objetivo a troca de experiências e ideias entre pessoas de nacionalidades brasileira e espanhola que viveram o período de repressão.
Além de representantes do Sindicato, a atividade formativa contou com a participação de integrantes da Associação Heinrich Plagge, do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, da UAB (Universidade Autônoma de Barcelona) e do CEDID – Centro de pesquisa da UAB ligado ao Departamento de História Contemporânea.
O secretário-geral do Sindicato, Claudionor Vieira, ressaltou a importância de tratar do tema diante dos ataques que a democracia brasileira vem sofrendo nos últimos anos.
“Que bom que há pessoas que se preocupam em resgatar e documentar o que não pode ser esquecido. Momentos que achávamos que jamais viveríamos novamente, como os ataques constantes à democracia e um crescimento grande da extrema direita no mundo. Temos um papel importante, os intelectuais, os professores, o movimento sindical, os movimentos sociais, de lutar com toda a força que temos para combater esse mal”.
O dirigente destacou o papel e a história do Sindicato neste contexto. “Este Sindicato, que teve papel fundamental na luta pela redemocratização do país, tem no seu DNA a defesa pela democracia. Somos fruto da luta dessa geração que fez tudo o que foi possível para que hoje tivéssemos condições de dialogar e lutar por aquilo que acreditamos: uma sociedade mais justa, mais fraterna, mais humana, mais igual e sem democracia, isso é impossível”, completou.
O presidente da AMA-A ABC, Adair Carlos da Cruz, o Boy, ressaltou a relevância do diálogo com a universidade. “É muito gratificante, esse encontro, essa união, regime militar isso não existia, não tinha esse espaço. São pessoas que conviveram com a ditadura militar e o enfrentamento naquele momento mais difícil. Hoje temos aqui a experiência da Espanha que foi massacrada pelo regime franquista”. (regime totalitário de caráter nazifascista fundado pelo ditador Francisco Franco, que dominou a Espanha durante os anos de 1939 a 1975).