Amanhã é Dia Nacional de Luta em Defesa da Vida e dos Empregos
Cut convoca trabalhadores para mobilizações e protestos em razão das 100 mil mortes que o país deve atingir esta semana. Serão 100 minutos de paralisação, um para cada mil vidas perdidas pela Covid-19
Esta sexta-feira, 7 de agosto, é dia de protestos, ações e homenagens nos locais de trabalho e nas ruas. O Dia Nacional de Luta pela Vida e em Defesa dos Empregos que ocorrerá em todo o país foi chamado pela CUT e demais centrais para marcar a semana em que o Brasil deve atingir 100 mil mortos pelo novo coronavírus, grande parte deles em função do descaso do governo Bolsonaro diante da pandemia.
As manifestações serão simbólicas para respeitar o distanciamento social. Serão feitas paralisações de 100 minutos nos locais de trabalho, em homenagem aos 100 mil mortos e para que neste período as pessoas reflitam sobre o que está acontecendo no Brasil.
“Não podemos ver 100 mil mortos como um número frio, mas como uma tragédia. E para isso é preciso que a população manifeste sua insatisfação com este governo”, afirmou o presidente da CUT, Sérgio Nobre.
Segundo país do mundo mais afetado pela pandemia, o Brasil soma 96.096 mortes e 2.808.076 casos confirmados. Com o aprofundamento da crise econômica, 12,4 milhões de trabalhadores estão desempregados.
A tragédia anunciada de que o Brasil perderia milhares de vidas e que a economia do país iria para o fundo do poço por falta de um comando nacional para combater a pandemia do novo coronavírus se confirma a cada dia. Esta semana o país deve atingir a triste marca de 100 mil mortos por Covid-19 e todo mês milhares de trabalhadores e trabalhadoras perdem o emprego e não têm sequer esperança de uma rápida recolocação no mercado de trabalho.
“Nós alertamos no início da pandemia, em março, que se o governo federal não abraçasse e coordenasse uma política e um processo de isolamento social para que pudéssemos sair rapidamente dessa crise, preservando vidas e empregos, o país vivenciaria uma enorme tragédia”, acrescentou.
Sérgio ressaltou ainda que o governo federal desprezou todos os alertas dos trabalhadores, abriu mão de coordenar esse processo e ainda atacou prefeitos e governadores que tentaram coordenar a quarentena em seus estados e municípios.
Crise econômica
O presidente da CUT pontuou que o país vive uma nova pandemia, a de demissões e fechamento de empresas, em especial as micro e pequenas, que têm entre seus proprietários, ex- trabalhadores que investiram suas poupanças e reservas financeiras em um negócio para manter suas famílias.
“São ex-bancários, químicos, metalúrgicos, gente que perdeu o emprego e que como única forma de sobrevivência, montou seu pequeno negócio para sustentar a sua família e agora está vendo o seu negócio fechar”, lamentou Sérgio Nobre.
Por todos esses motivos é que sexta-feira será o Dia Nacional de Luta em Defesa da Vida e dos Empregos. “Participe dessa mobilização, pare por 100 minutos. Que esta data seja um grande dia para homenagear aqueles que partiram e exigir mudança de rumo do país”, convocou Sérgio Nobre.
Com informações da CUT