Ameaça de desmonte do Jovem Aprendiz preocupa representante dos trabalhadores

 

O secretário de formação da Confederação Nacional dos Metalúrgicos, CNM-CUT, e representante da CUT no Conselho Nacional do Senai, José Roberto Nogueira da Silva, o Bigodinho, foi pego de surpresa com a denúncia feita pelo jornal Intercept Brasil, sobre a Confederação Nacional das Indústrias, CNI, querer reduzir verbas dos programas de aprendizes, que formam jovens para o mercado de trabalho.

De acordo com a matéria, o Senai teria formalizado um pedido de corte de 75% do total de vagas do Programa Jovem Aprendiz, em reuniões reservadas compostas por representantes de grandes empresas e nenhum sindicato de trabalhadores.

“A indústria brasileira está se dissolvendo. Vemos que não existe a tal retomada da economia prometida em 2016, não tem investimentos e nem uma política clara do Sistema S após o golpe”, disse o dirigente que reforçou a importância do Programa para os jovens brasileiros, as maiores vítimas dos recordes de desemprego dos últimos anos.

“Nessa onda de desemprego, o jovem cada vez mais precisa de qualificação profissional para se inserir no mundo do trabalho e nós vamos cobrar sempre a manutenção e expansão do programa, em todas as reuniões, deliberativas ou não”, reforçou.

A bancada dos trabalhadores levou ao Conselho do Senai as pautas da classe trabalhadora. Uma delas é, justamente, o papel da CNI para recuperar a indústria nacional e a contrapartida social da entidade.

 Da redação