América Latina próxima de cumprir Meta do Milênio

Os países da América Latina diminuíram a pobreza e a miséria da população e estão perto de cumprir uma das Metas do Milênio.

Relatório da ONU divulgado
nesta semana mostra
que os bons resultados
alcançados no combate à
miséria na América Latina
permitem que a região
cumpra uma das metas do
milênio, que é reduzir pela
metade, até 2015, a pobreza
extrema e a miséria.

O levantamento afirma
que, em 2005, 40% da
população da região estava
em situação de pobreza.
Este percentual baixou para
36,5% no ano passado, uma
queda de 3,5 pontos percentuais.
Isto é, 15 milhões de
pessoas deixaram a pobreza
em apenas um ano.

Ainda de acordo com a
pesquisa, 15,4% dos moradores
no continente encontravam-
se em situação de
miséria em 2005. No ano
seguinte, o índice caiu para
13,4%, baixando 2 pontos
percentuais. Em números
redondos, outras 10 milhões
de pessoas deixaram essa situação
em 12 meses.

Metas – Somadas, 25 milhões
de pessoas conseguiram
melhorar suas condições de
vida. Esses números ajudam
a entender a popularidade
dos novos governantes da
América Latina.

O estudo prova que, na
Venezuela, a pobreza caiu de
48% para 30% e a miséria de
22% para 10%.
Na Argentina, a pobreza
caiu de 45% para 21% e a
miséria de 21% para 7%.

No Brasil, a pobreza
passou de 37% para 33% e a
miséria de 13% para 9%.

Por isso, a ONU acredita
que os países mais próximos
de alcançar a meta do milênio
são, pela ordem, Brasil, Equador,
México e Chile.

Registraram progresso
superior ao esperado Colômbia,
El Salvador, Panamá,
Peru e Venezuela. A Argentina
ainda não alcançou o
grupo por causa dos efeitos
trágicos do governo neoliberal
de Carlos Menem.

Crescimento pode confirmar a queda

Apesar da miséria ainda
ser muito grande na
América Latina – no total,
194 milhões de pobres e
71 milhões de indigentes -,
a comparação entre 1990 e
2006 mostra uma evolução
constante. Mais de 40 milhões
de pessoas deixaram
a pobreza ou a indigência.

De acordo com a
ONU, se o Produto Interno
Bruto (PIB) das nações do
continente crescer nas taxas
esperadas – e tudo indica
que isto vai acontecer -, o
número de pobres pode cair
ainda mais e chegar às mais
baixas taxas da América Latina
desde os anos 1980.