Amigos e familiares de sindicalista assassinado em Manaus pedem justiça

Sindicato dos Metalúrgicos do Manaus e familiares de José Augusto de Lima Cruz, assassinado na portaria da Sony em 2010, realizaram protesto na sexta-feira (27) em frente ao Fórum Ministro Henoch Reis

Durante a oitiva de cinco testemunhas e do réu Ernani Puga Neto, envolvido no processo que apura a morte do sindicalista José Augusto de Lima Cruz, 80 pessoas, entre familiares e membros do Sindicato dos Metalúrgicos de Manaus (Sindimetal), realizaram um protesto, na sexta-feira (27), em frente ao Fórum Ministro Henoch Reis, zona centro-sul de Manaus.

Os manifestantes usavam faixas pedindo justiça e vestiam camisas pretas. Segundo a irmã do sindicalista, Jaqueline Cruz, 40, o manifesto ocorreu para não deixar o caso, que teve repercussão nacional, ser esquecido.

O processo corre na 1ª Vara do Tribunal do Júri. Ao final dos depoimentos, o promotor Jorge Pestana informou que vai incluir nos papéis o laudo da arma usada no crime e as imagens do circuito interno da fábrica Sony do Brasil, onde o sindicalista foi assassinado com um tiro no peito. O crime ocorreu no dia 1º de outubro do ano passado durante uma ação de panfletagem do sindicato. 

A sindicalista Maria Odete Rego Martins, 54, que estava com José Augusto na fábrica no momento crime, disse que Ernani trabalhava como segurança na portaria da Sony e disparou a queima-roupa depois de se irritar com José Augusto. “O segurança tentava impedir nosso trabalho na fábrica e José Augusto informou que os seguranças não deveriam estar portando arma de fogo. Ele se irritou, atirou e fugiu”, disse.

Na época, a Polícia Civil solicitou a prisão preventiva de Ernani, mas, no dia 7 de outubro do ano passado, a Justiça negou o pedido por conta da Lei Eleitoral que permite a prisão apenas em casos de flagrante. Hoje, Ernani está em liberdade.

Do D24am.com, via CNM/CUT