Analistas de mercado reduzem projeção para juros e inflação
Para a reunião de abril do Copom, marcada para os dias 28 e 29, os analistas esperam que a Selic caia para 10,25% ao ano. A previsão anterior era de 11%
Analistas de mercado reduziram a projeção para a taxa básica de juros, a Selic, ao final deste ano e de 2010, de 10,25% para 9,75%. A informação consta do boletim Focus, publicação semanal elaborada pelo Banco Central (BC) com base em projeções de analistas sobre os principais indicadores da economia. Na última semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reduziu a Selic de 12,75% para 11,25% ao ano.
Para a reunião de abril do Copom, marcada para os dias 28 e 29, os analistas esperam que a Selic caia para 10,25% ao ano. A previsão anterior era de 11%.
A expectativa de cortes maiores nos juros básicos se deve à crise financeira internacional e à conseqüente desaceleração do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil, em um momento em que a pressão inflacionária se reduziu. A estimativa dos analistas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 4,57% para 4,52%. O IPCA é o índice considerado na meta de inflação estabelecida pelo governo, que neste ano é de 4,5%, com margem de tolerância entre 2,5% e 6,5%. A Selic é usada pelo Banco Central como instrumento para controlar a inflação.
Os analistas de mercado também reduziram a projeção para os demais índices de inflação. A estimativa para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) passou de 4,16% para 3,39% e para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) caiu de 3,79% para 3,45%. No mercado paulista, a expectativa é que o Índice de Preço ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) fique em 4,35%, uma redução de 0,01 ponto percentual em relação à previsão da semana anterior. Para todos os índices de inflação, os analistas mantêm a projeção de 4,5% em 2010.
Eles também reduziram a expectativa para os preços administrados ao final de 2009 de 4,70% para 4,68%. Os preços administrados referem-se aos valores cobrados por serviços monitorados (combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento, transporte urbano coletivo e outros).
Da Agência Brasil