Anfavea apresenta ao governo os caminhos do futuro eclético

Representantes da indústria, montadoras e fornecedores, e do governo participaram na quarta-feira, 14, do evento Conduzindo o Futuro da Eletrificação no Brasil, organizado pela Anfavea na Capital Federal. Além de chamar para si a discussão a respeito dos carros elétricos, uma das intenções ao organizar o seminário, a entidade teve como objetivo colocar na mesa todas as opções disponíveis para o futuro da indústria no Brasil e, ainda que internamente existam arestas a serem aparadas, mostrar que há um consenso: nenhuma tecnologia deve, ainda, ser descartada.

Como o presidente Márcio de Lima Leite disse, parafraseando Christopher Podgorski, CEO da Scania Latin America, “o futuro é eclético”. Pelo discurso no encerramento do evento o vice-presidente, e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, compreendeu o recado.

Ele adiantou que a segunda fase do Rota 2030, em desenvolvimento em seu ministério – mas que, prevista para junho, ficou para mais adiante por causa, segundo a reportagem apurou, das discussões em torno do programa que concede descontos nas compras dos veículos de entrada –, deverá abranger todas as rotas tecnológicas propostas no seminário, dando os caminhos para que as montadoras, e o consumidor, definam qual será o destino da indústria nacional.

Portanto é de se esperar que a nova fase da política industrial traga regras para produção de híbridos flex, de 100% elétricos, da adoção de outros combustíveis alternativos como o biometano, o HVO e até um pouco do hidrogênio verde. Que dê a previsibilidade que a indústria tanto espera. O que a Anfavea apresentou ao governo na quarta-feira, 14, foi todo este cenário ainda indefinido, embora bem promissor. Agora é esperar que venham as políticas que deverão agradar mais a um do que a outro, mas que, de certa forma, colocarão todas as cartas na mesa e trarão a previsibilidade que todos desejam.

Da AutoData