Anfavea ensaia aproximação com governo
Entidade quer atuar nas discussões do Congresso e estimula debate sobre matriz energética dos carros
Os dirigentes da indústria automobilística iniciaram discussões internas sobre o futuro da matriz energética para veículos no Brasil e chances de avançar na eletrificação. Agora, a Anfavea, a associação que representa o setor, pretende levar a discussão ao governo, com a expectativa de que, como já fizeram outros países, as autoridades definam quais formas de abastecer veículos o país vai estimular.
Essa não será a única investida das montadoras para estreitar relações com Brasília. Com a definição das lideranças no Congresso, a Anfavea quer aproveitar a agenda semanal que Arthur Lira, presidente da Câmara, prometeu divulgar para participar das discussões que interessem ao setor e suprir os parlamentares com informações.
A aproximação entre indústria e governo na questão da matriz energética das próximas gerações de veículos é inevitável. Na China e nos maiores mercados europeus, a forma como os veículos devem funcionar é definida pelos governos a partir, sobretudo, da necessidade de reduzir emissões.
“Estamos mapeando as matrizes energéticas do Brasil para identificar gargalos”, diz o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes. No caso dos carros que dependem de postos de recarga de baterias para funcionar, os 100% elétricos, o grande gargalo do país é a falta de infraestrutura. Em relação à expectativa em torno da agenda do Congresso Nacional, Moraes diz que o setor espera poder colaborar para melhorar a competitividade da indústria de transformação.
Do Valor Econômico