Anfavea pede adiamento do desligamento das redes 2G e 3G no Brasil
A associação, em consulta pública, informou que uma parte relevante dos veículos conectados no país ainda utiliza essas redes
A Anfavea, entidade que representa as montadoras de veículos no Brasil, solicitou o adiamento do desligamento das redes 2G e 3G no país. A associação, em participação na consulta pública que trata do tema, informou que uma parte relevante dos veículos conectados no país ainda utiliza essas redes.
Segundo ela, 19,81% dos veículos conectados no país contrataram os serviços de conectividade oferecidos pelas montadoras. Mesmo após a migração para um novo padrão tecnológico, os padrões antigos permanecem em operação em veículos no campo devido à dependência tecnológica. Isso inclui o comprometimento das montadoras em disponibilizar peças de reposição e manutenção para os serviços conectados por um extenso período.
Sobretudo, a Anfavea também demonstra grande preocupação sobre possíveis ações judiciais em caso de descontinuidade dos serviços. A Portaria/Normativa resultante desta Tomada de Subsídios deve incluir o direcionamento de como a questão da dependência tecnológica deverá ser tratada pelas empresas para evitar ações coletivas ou individuais dos consumidores. Com base nisso, a associação propõe que o desligamento completo das redes 2G e 3G só aconteça após a chegada do 4G e do 5G a todas as cidades e após ampliação da cobertura nas estradas.
Ou seja, isso significa esperar até 2029, em linha com as regras do leilão do 5G. Além disso, a Anfavea também sugere que a responsabilidade sobre a troca dos equipamentos dos veículos seja apenas do consumidor, e não das fabricantes dos equipamentos de telecomunicação. Nesse sentido, a seu ver, o custo dessa substituição é alto, pois envolve mexer no sistema elétrico do veículo todo, não apenas no rádio ou na atualização de software.
Do Olhar Digital