Anfavea pode cortar previsão para 2021 por falta de chip
A falta de semicondutores para a indústria automobilística deve se estender por todo este anoe afetar o desempenho final do setor. O presidente da Anfavea, Luiz Carlos de Moraes, afirmou que a expectativa é que somente em 2022 se regularizem as entregas dos componentes eletrônicos para a indústria de transformação no país.
Segundo ele, ao longo de 2021 ainda poderá haver paradas e microparadas nas montadoras por falta desses componentes. “É o novo gargalo na indústria de transformação no mundo. Tenho falado com fornecedores e montadoras lá fora, e é difícil prever quando haverá uma normalização. Mas, temos a esperança de que no primeiro semestre de 2022 esteja resolvido”, disse.
Diante desse novo problema, o setor por rever as estimativas de produção para este ano. A Anfavea informou em janeiro que esperava que a montagem de veículos somasse 2,52 milhões de unidades no fim de 2021. No acumulado até maio, foram fabricadas 981,5 mil unidades, alta de 55,6% no comparativo com o mesmo período do ano passado.
“Fizemos esse planejamento mas há risco no fornecimento de semicondutores. Podem ocorrer paradas de produção até o fim do ano. A nossa média de produção até agora é de 200 mil unidades mensais e para chegarmos no volume estimado temos que produzir bem mais”, afirmou. “As estimativas são de uma perda da produção global em torno de 3,5%. Não é um problema somente do Brasil”, acrescentou Moraes.
Do Valor Econômico