Ano Novo, novos desafios

Ano novo começa com boas notícias, com aumento da produção industrial. Só no ABC isso significou praticamente uma nova Volks com a abertura de 16 mil novos empregos. A produtividade também cresceu mais de 5% depois de três anos estagnada.

A reestruturação produtiva dos últimos anos traz, agora, com o aumento da produção, uma nova realidade.

A necessidade de contratação de novos trabalhadores acaba sendo menor que o aumento da produção e isso se deve, por enquanto, mais a um aumento do trabalho individual e menos a adoção de automação. Isso tem um preço alto para a saúde.

Novos problemas

Doenças resultantes de fatores de risco já conhecidos como o barulho, as substâncias tóxicas e os contaminantes ambientais estão dando lugar a outras, relacionadas às maiores exigências mentais e ao aumento das pressões organizacionais por qualidade e produtividade.

O tempo menor para a execução do trabalho, a diminuição de pausas para descanso e para alimentação e o aumento de horas extras se somam ao aumento da competitividade pelo emprego, às exigências cada vez maiores de capacitação profissional e ao pleno comprometimento dos trabalhadores com as metas e os indicadores de desempenho da empresa. Esses fatores representam hoje os maiores riscos à saúde dos trabalhadores.

Novas soluções

Os novos problemas originados na esfera da organização do trabalho e da produção exigem a presença e o conhecimento efetivo por parte dos trabalhadores e dos profissionais da saúde e segurança de todo contexto produtivo e do clima organizacional. Exige, também, intervenção ergonômica qualificada e a adoção de práticas preventivas.

Com boa vontade e inteligência será possível encontrar soluções que permitam que o trabalho não degrade ainda mais a saúde e a vida das pessoas.

Afinal só não existe remédio para a burrice.

Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente