Anos FHC: um tempo de escândalos

O ex-presidente FHC foi campeão em abafar CPIs de seguidos escândalos de corrupção e desvio de dinheiro que marcaram seu governo.

“FHC tem ética seletiva”

O ex-presidente FHC voltou a fazer pesadas declarações contra o governo Lula, afirmando que o presidente é omisso com a corrupção e que a ética do PT é roubar.

Para o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, FHC tem ética seletiva ao criticar o atual governo e esquecer a corrupção na administração dele.

“Essa questão do caixa 2, um crime que deve ser combatido fortemente, foi levantada muitas vezes no governo anterior. Essa indignação dele agora é muito seletiva, pois vem só em relação ao PT”, criticou Bastos.

O ministro garantiu que a Polícia Federal vai investigar a fundo a lista de Furnas, no qual políticos do PSBD e PFL aparecem como beneficiários de financiamento ilegal de campanha em 2002.

Uma era de escândalos

Para refrescar a memória dos tucanos e dos nossos leitores, republicamos um resumo da lista dos principais escândalos do governo FHC, pródigo em abafar a corrupção.

Sivam – O contrato para execução do Sistema de Vigilância e Proteção da Amazônia (Sivam) foi marcado por escândalos. FHC bloqueou uma CPI.

Pasta rosa – Em fevereiro de 1996 a Procuradoria-Geral da República engavetou processos sobre doações ilegais, em dinheiro, de banqueiros para campanhas políticas da base de sustentação do governo FHC.

Reeleição – A reeleição de FHC teve um pesado esquema de compra de voto. Como sempre, FHC resolveu o problema impedindo a abertura de uma CPI.

Vale – A Vale do Rio Doce foi vendida por apenas R$ 3,3 bilhões, enquanto especialistas avaliavam seu preço em R$ 30 bilhões. Foi um dos negócios mais criminosos da era FHC.

Telebrás – Com o sistema de telefonia, o mesmo escândalo. As teles foram vendidas por R$ 22 bilhões, sendo que a antiga estatal investiu R$ 21 bilhões antes da privatização.

O caso Lalau – A construção do TRT de São Paulo levou  R$ 169 milhões para o ralo. Só o juiz Nicolau dos Santos Neto foi para a cadeia, mas vários nomes ligados ao governo tucano surgiram nas denúncias e ninguém foi pego.

O Proer – Foram colocados R$ 111 bilhões no Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Sistema Financeiro Nacional (Proer).

Sudam e Sudene – De 1994 a 1999, houve uma orgia de fraudes nas Superintendências de Desenvolvimento da Amazônia e do Nordeste (Sudam e Sudene), ultrapassando R$ 3,4 bilhões. FHC fechou os dois órgãos.

Apagão – Sem qualquer investimento em infraestrutura veio o apagão em 2001. O povo foi obrigado a economizar energia e acabou premiado com o aumento das tarifas.